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terça-feira, 8 de julho de 2014

EUROPOLITIQUE: Perfil de Embaixador: M. S. Tavares (Expresso)


É evidente que Miguel Sousa Tavares usufrui de credenciais suficientes para ser eleito “embaixador”, ao estilo de Eça de Queiroz, em qualquer representação diplomática.  Conhecedor exímio de alta diplomacia, da média diplomacia, da baixa diplomacia, e, sobretudo do “underground diplomacia”, os seus “respectivos backgrounds” permitem-lhe uma radiologia neurológica daquilo que positiva e negativamente emerge dos factos nacionais. Claro que dirimir argumentos de 2% de produção vinícola mundial, com um país que exporta um milhão de garrafas por dia é tarefa ingrata. Mais ingrata seria a sua assunção de tarefas diplomáticas em qualquer 3.º andar do Palácio Cor de Rosa, com uma metralhadora de trás dos arbustos dos seus jardins, que infelizmente faz lembrar a “narrativa socrática”.
Qualquer “argumentação diplomática” pressupõe “pesos pesados” que alimentem o seu discurso.
Certamente que o “ilustre embaixador” não lerá esta “tralha” de comentário contraditório. Pessoalmente, também me ergo no muro das lamentações. Os grandes passos estão condicionados pelos passos pequeninos, e , mesmos estes temos dificuldade em dá-los.
Todavia de Eça de Queiroz a Miguel Sousa Tavares, revirou-se o mundo e os seus papéis. A inscrição, seja como escritor, comentador, ou, simplesmente leitor, inscreve-se numa identidade que se envergonha em si mesma, dada a dimensão do cidadão, do seu espaço de cidadania, ou, da sua ilusão de nação.
P.S. Reconhecimento pela "poetisa", que do seu "Panteão", me faz lembrar "S. Panthéon", onde aprendi a escutá-la no "meu deserto".

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