“O seu talão vale um milhão” - refrão brasileiro que o
chefe do restaurante lisboeta me exibia, quando me perguntava se queria factura.
Não sei se a imitação é brasileira, nem sei se a notícia
do jornal “Voz da Galiza” encerra qualquer tipo de inveja sobre a plataforma
eólica, em alto mar, plantada a menos de 60 km das costas galegas, em Viana do
Castelo, ou, qualquer tipo de invejável
concorrência.
Aquilo que a imprensa galega demonstra é uma grande
atenção aos processos de desenvolvimento económico no Norte do País, que podem
resfriar a sua hegemonia, ou, retardar o seu andamento, fazendo um profundo
escrutínio dos avanços tecnológicos que se observam nas suas fronteiras, claro,
as únicas com Portugal, mas neste caso, no mar.
Por isso, surge a questão, formulada pelo jornal, em galego:
?Qué dice la Xunta?
«É dicir, a competencia para a tramitación de calquer tipo
de plan sobre estas augas é do Estado”
Ora, como é função do Estado Espanhol ainda bem que a dita
plataforma eólica consegue guindar-se à força do vento, trazendo alguma energia
para Portugal. Todavia os 100 milhões de euros são uma aventura que poderá
ficar cara aos portugueses, ainda que os fundos comunitários dêem uma preciosa
ajuda. Mas, o futuro determinará esta aventura lusa, ainda que o cabo de
ligação eléctrica seja totalmente financiado pela comunidade europeia, segundo
reza o dito jornal, que acrescenta: “mais de metade da energia eléctrica, em
Portugal provém de fontes renováveis”.
Aquilo
que se pretende alertar é que os nossos “amigos galegos” não dormem em serviço;
e, portanto, os “portugueses nortenhos” têm de estar em atalaia, seguindo os
seus vizinhos, companheiros de luta.
Os "galegos não dormem em serviço" ; e, não é, por acaso, que existe uma Enditex, a Zara e Amancio Ortega e filha.
Os "galegos não dormem em serviço" ; e, não é, por acaso, que existe uma Enditex, a Zara e Amancio Ortega e filha.