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sábado, 14 de dezembro de 2019

EUROPOLITIQUE: Este "fiel amigo" que dos vikings se tornou luso, lusitano ou português - o BACALHAU

O sonho de Olaf tonou no 1.º primeiro rei da Noruega (Carregue na imagem)

Às 1001 formas ou maneiras de cozinhar o bacalhau, a distinta C.M. de Viana do Castelo apresenta um livro com 750 receitas do “fiel amigo” que se reduzem a duas: cozido ou assado (segundo os eruditos, por ex. Victor Peixoto).

O "bacalhau à espanhola" (três camadas de cebola, batata e bacalhau) fizeram a delícia da minha infância, cujo despertar para a juventude se contemplava na paisagem dos estendais de rede da seca de bacalhau, na margem sul do rio Lima. E, nos passos de encontro à frota de bacalhoeiros, na doca do mesmo rio, cujo imagem ainda se reproduz no navio Gil Eanes, aí estacionado, embora sem o encanto e a abundância de barcos de outrora, ou seja, “casa cheia”.

Se, este “gadídeo estava sempre à mesa”, não era atributo do Estado Novo, mas garantia de subservivência, em caso de carestia, equivalendo-se, claro, à carne como “porco-do-mar”. Salgado ou seco, molhado ou debruado, a tradição dos “Homens do Norte”, normandos ou vikings, trouxeram-nos esta cultura e técnica piscícola, que somente cresceu por causa do sal, condimento que carecia nos seus territórios. Vingou e implantou-se nesta Galiza do Sul, que se estendeu por terras mouriscas. As várias fases do processo do "produto - bacalhau" carecem de uma certificação que ultrapasse a “experiência empírica” para se inserir num “contexto científico”. Claro que na culinária o processo químico em nada se assemelha, por vezes, aos dados científicos, mas não podemos ficar pelo simples artesanato.

Mas, se porventura queremos criar uma bandeira com o “nosso bacalhau” a certificação turística tem de dar garantias do seu produto.

 (Apoiado no "tratado do bacalhau" do Jornal Expresso - Revista de 14.12.2019).


 

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