A ex-funcionária bancária, após dez anos de trabalho na banca, ficou toda satisfeita, quando de uma só vez, recebeu a sua reforma; enquanto que o alto funcionário público moçambicano espera ter uma aposentação superior ao seu vencimento. Estes dois exemplos concretos e africanos, demonstram os sintomas da segurança social, não só em Moçambique, como na "gloriosa e miserável" Angola.
Em Angola, existem 12 trabalhadores para um reformado (os europeus, nem acreditam neste milagre!...). É, uma pirâmide social exponencial, que retrata uma realidade social confrangedora, no seu todo. No seu sistema de segurança social existem 1,6 milhões de "activos", que descontam para este sistema, que, "grosso modo", corresponde a menos de 10% da sua população. Quer dizer que muitas empresas e trabalhadores não descontam, com uma percentagem de 3%, bem longe dos 20% da União Europeia. Ora, os 129 mil reformados recebem entre 21.380 kwanzas e os 551 mil kwanzas.
O "Instituto Nacional de Segurança Social" (INSS), além de uma gestão precária e pouco eficiente debate-se com a falta de quadros, de uma organização eficaz, e, de providências políticas para devolver as garantias necessárias de uma "instituição vital" para os angolanos. Como é possível organizar um País, sem um sistema social que o fundamente?
Se não se começa pela base social, pela confiança no futuro, pela crença no Estado Social, ou, nas suas estruturas, onde se vai parar? (Nos 1.200 milhões de pessoas, em África, 60% da sua população tem menos de 25 anos).
N.B. Num universo de 27 milhões de angolanos, somente 1,6 milhões destes cidadãos terão direito à Segurança Social?
Se não se começa pela base social, pela confiança no futuro, pela crença no Estado Social, ou, nas suas estruturas, onde se vai parar? (Nos 1.200 milhões de pessoas, em África, 60% da sua população tem menos de 25 anos).
N.B. Num universo de 27 milhões de angolanos, somente 1,6 milhões destes cidadãos terão direito à Segurança Social?