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domingo, 26 de novembro de 2017

EUROPOLITIQUE: Os portugueses estão mais atentos na “atividade criminal” e na “atividade legal”.

Num país que não é muito famoso em questões jurídicas costuma-se dizer que a “lei protege os mais fracos, mas a Justiça favorece os mais ricos”. Claro que a Justiça é cara, aliás deveria ser autossuficiente, mas quem recorre a ela, tem de pensar duas vezes, se vale a pena, pois é o dinheiro e a burocracia e seu tempo que estão em causa.

Apesar de Marcelo Rebelo de Sousa dizer que os portugueses estão mais atentos à economia, julgo dizer que os portugueses estão mais atentos àquilo que conduz a economia. Ou seja, uma mãe, com mais de 20 anos de trabalho na Educação, com um curso superior, está mais atenta ao filho que está na universidade, do que aos 1.200 euros que recebe de salário. Os economistas da Troika olham para o deficit, mas esta mãe olha para o filho. Não podemos pedir ao Estado, aquilo que o Estado não nos pode dar, mas não podemos dar ao Estado, aquilo que temos direito de sonhar e exigir ao Estado. A Suíça não é rica porque tem muito dinheiro depositado, mas porque tem mais de dez empresas de renome internacional. As grandes empresas desapareceram de Portugal, e o País parece vendido aos retalhos, ainda que as empresas não pertençam ao Estado. 

A atividade criminal não está imune na famosa “Alta Autoridade”, vulgarmente, chamado de Fisco, que deveria ser símbolo da Justiça entre cidadãos, mas que não fica isenta à corrupção, que outros agentes nela se infiltram, com o beneplácito das suas estruturas e funcionários. E, na inexistência de uma “polícia fiscal” remete-se para os tribunais, onde a “lei protege os fracos, mas a Justiça favorece os ricos”.

A atividade criminal neste País campeia porque perto de 50% da sua população não tem competências sociais e culturais para os meios modernos e informáticos., além da falta de método de trabalho. Além disso, as instituições são, por vezes, um meio de opacidade, que advém deste handicap de formação, do qual também padecem. Elas próprias semeiam certa atividade criminal para a manutenção de um certo poder autárquico, do seu estatuto profissional, ou, da falta de justiça fiscal e social.


Os portugueses começam a ter uma maior consciência cívica, e, começam a ter uma melhor perceção da “atividade criminal” e da “atividade legal”, esta conduz a uma maior Justiça, a outra caminha mais na ignorância e no crime.  

ESQUEMA:
a) DINHEIRO - PODER - VIOLÊNCIA, CRIME (ex: 30 mil milhões dólares/ano - Pablo Escobar)
b) PODER - DINHEIRO - LEI (organização social, metodologia, função do Estado)

EUROPOLITIQUE: AZEITE - Um negócio das Arábias, pouco explícito no jornal EXPRESSO

A Espanha entrou em conflito com os USA, melhor dito Califórnia, por causa da exportação da azeitona, um negócio da ordem dos 80 milhões de euros de exportação.

Em Portugal, segundo dados da Casa do Azeite os produtores deste "óleo benfazejo esperam atingir as 100 mil toneladas, mas Portugal tem de comprar lá fora outras 100 mil toneladas. Neste sentido, ficámos a zero da equação. (Expresso)

Ora, se Portugal exporta, nada menos, de 140 mil toneladas, (com um crescimento da ordem dos 5% a 10%), e, consome, internamente, mais de 70 mil toneladas, a equação começa a ganhar algum sentido.

O regadio do Alqueva tornou-se responsável de um crescimento da ordem dos 45%, (Expresso) prometendo avançar mais, cuja produção, no ano de 2015, se situaria, por hipótese, nas 80.000 toneladas; quer dizer, practicamente, o Alentejo abastece o País de azeite; ainda que, a estatística aponte para 69 mil toneladas registadas no ano de 2016 a 2017. O fluxo do azeite escorrega com as estatísticas, de tal forma que a exportação ascende a 123 mil toneladas, em 2017, quando era de 129,6 toneladas em 2015.

«A Espanha, com uma superfície calculada em 2,5 milhões de hectares, produz 1,4 milhões de toneladas de azeite, enquanto que, teoricamente, a Itália, com 1,35 milhões de hectares, somente, produz 330.000 toneladas. Portugal começa a atingir entre 120 a 130 toneladas de azeite, com 352.350 hectares». Apesar de terem ardido 8,8 mil hectares, a produção aumentou, em 2017. No negócio do azeite, os espanhóis e italianos são especialistas, nas suas trocas e comercialização. A qualidade nos negócios não ombreia com a qualidade do azeite português.

«Ainda que, em 2015, Portugal tenha exportado 129.600 toneladas de azeite, sendo que Espanha comprou 63.970 toneladas, ou seja, 49%  das exportações portuguesas. A produção alentejana atinge as 80.000 toneladas».

O Jornal Expresso afirma que a produção de azeite dispara 45%. A disparidade estatística tem a ver com o negócio do azeite que pode ser a coqueluche da agricultura portuguesa. Se, a Mercedes Benz é uma marca que reluz em 100% no imaginário, quando somente 10% tenham a oportunidade de alcançá-la, o negócio da azeitona, que dos 100 quilos produz 10 litros de azeite, merece a atenção de muitos portugueses, quer técnicos, exportadores e consumidores.


EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...