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domingo, 7 de novembro de 2010
A bela economia.5 - "O Porto de Sines e Louçã"
Preocupado com o problema do ozono, Francisco Louçã debitou milhões e milhões de euros de multa sobre Portugal, numa conferência na zona do Porto de Sines.
Como a China e os USA estivessem muito preocupados com a ética ambiental.
E que dirá a Europa com o desastre de “certa economia” por causa destas exigências ambientais!...
Segundo a sua lógica é evidente que a Galp nunca teria uma segunda refinaria, que deve facturar, este ano, a linda quantia de 1 800 milhões de euros.
Como doutorado em economia e política devia conhecer melhor Sines, e, deste modo não confundia a “parte com o todo”, evitando “chicanas” dignas de certos parlamentares.
Todavia é sempre salutar e reconfortante elaborar um discurso para “pequenos burgueses” lisboetas que também devem confundir a “parte com o todo”.
Faz-me lembrar os cenáculos parisienses e os pequenos burgueses latino-americanos!...
É que pela sua passagem pela zona de Sines, acompanhado daquela trilogia representativa, faz lembrar o trio Odemira.
De certa música parece que o povo português está farto. Em parte, tenho de concordar com o Dr. Mário Soares que o Bloco de Esquerda parece, por vezes, uma banda de contestários urbanos e “petits bourgeois”.
Apesar de se “traulitrar” muito de Sines, em todo o País, a realidade está bastante longe das suas expectativas que certos dirigentes políticos e locais conhecem bem.
Apesar da riqueza produzida localmente os seus benefícios volatizam-se por outros ares!...
Mas Sines é Sines.
É mais fácil falar de Sines do que do "modelo social chinês"!...
A bela economia.4 - "O Porto de Sines não está à venda "
O Porto de Sines não está à venda, encontra-se bem ancorado na faixa atlântica, dispondo de uma “plataforma ultra”.
Apesar de deter um pequeno “bunker”, a sua solidificação obedece a outros parâmetros, embora exiba um molho destruído, e, que custou um milhão de contos.
Ora, neste caso, o Senhor Louça pode estar descansado.
No entanto, o Porto de Sines detém espaço suficiente para dar e vender aos chineses.
Além disso, a planície alentejana sempre foi generosa em terra para trabalhar, se a “fábrica chinesa” se quiser reproduzir um pouco, salvaguardando algumas regras.
Grosso modo, afirmámos que o “modelo social chinês” não se adapta muito bem ao “modelo social europeu”, quanto mais ao “modelo social americano”!...
Pedir ética à globalização tornar-se-á difícil à economia chinesa, mas neste campo, serão os próprios chineses a exigirem os seus direitos e deveres políticos.
Ainda que o Panamá abra as portas do seu belo canal, existem em Sines belos canalizadores que auguram uma futurologia bem melhor.
Portanto, Senhor Louçã, o Porto de Sines não está à venda, pois na matemática também existem algoritmos, tal como em Portugal existem 20 mil chineses.
P.S. (Adicionado "A POSTERIORI", 14-11-10)
Mas a APS pretende também aproveitar a área que tem sob jurisdição, contígua ao terminal XXI e ainda por construir, que sai fora da concessão da PSA. Entre o cais explorado pelas autoridades de Singapura e a central termoeléctrica de São Torpes, onde terminam os terrenos do porto, há espaço ainda para receber mais um ou dois terminais de contentores.
Esse projecto teria de passar por novos parceiros e pelo lançamento de concursos públicos, indicou ao PÚBLICO a presidente da administração do porto de Sines (APS), Lídia Sequeira. O interesse das autoridades chinesas pode passar por aí, tendo em vista que o alargamento do canal do Panamá, a concluir em 2014, aproximará mais a China da Europa. O porto necessita por outro lado de diversificar os armadores que serve, uma área em que os chineses têm também já uma presença importante.
Outra área de desenvolvimento potencial é a zona logística que, juntando a área intraportuária à zona exterior ao porto (explorada pela AICEP Global Parques), ultrapassa 200 hectares. Afinal, pode ser que a promessa de abrir a porta atlântica para a Europa se escreva também em mandarim.
A bela economia.3 - "Deitar mãos à mão".
Apesar da crise, a Grécia cresceu nos últimos anos 28%, enquanto que Portugal quedou-se pelos 6%.
Aliás, há dez anos a Grécia tinha um PIB inferior ao português.
A nossa vizinha Espanha, também, cresceu 26%, enquanto Portugal se manteve nos tais 6%.
A globalização engoliu muitas empresas de origem portuguesa, ou, sediadas em Portugal.
As acções das empresas que se mantiveram tiveram uma progressão extremamente frágil.
A diversificação e inovação empresarial foi fraca, e, as exportações tem pouco valor acrescentado.
Neste clima económico, o Produto Interno Português revela-se nos 23 mil euros “per capita”, contradizendo os 28 e 29 mil euros, respectivamente da Grécia e da Espanha.
Quem compra a dívida portuguesa?
Resposta de um líder banqueiro: “Não sei”.
Mas os portugueses gostavam de saber.
Embora, quando existam “negócios políticos”, os portugueses se encontram vedados à sua informação, ( recordam-se de Cabora-Bassa!...),mas na chamada “dívida nacional” deviam ser devidamente informados.
E, se o Estado desenvolvesse uma campanha nacional (ou, até internacional) de incentivo à poupança!...
Se, a dita cuja globalização nos roubou aquilo que podia roubar, não nos resta outra solução que deitar mãos à mão!...
A bela economia.2 - "É mais fácil pedir a 7%"
A lógica de uma economia estatal feita do E-R (Estímulo/Resposta), ou seja, na simples análise de Receitas e Despesas, sem qualquer tipo de estratégia, revela-se num pescar à linha, ou seja, à vista do peixe miúdo.
Como ilustração deste paradigma, exemplifiquemos:
Os Certificados de Aforro, agora substituídos pelos célebres “Certificados do Tesouro”, revelam uma perícia de poupança, digna dos mais célebres agiotas.
Confrontados com a baixa taxa de juro do Banco Central Europeu, decidiram não atribuir, nem mais, de 1% aos famosos “Certificados de Aforro”. É claro, que muitos aderentes deitaram a fugir.
Aquilo que poderia constituir um sistema de poupança exemplar e digno, constituir-se como reserva do próprio Estado, esfumou-se pela falta de estratégia económica.
É mais fácil pedir a 7%.!...
Além disso, nesta engrenagem existe um “Instituto de Gestão Financeira”, quando o Banco de Portugal se reserva para outras funções!...
Ou seja, a credibilidade e segurança financeira não podia ter outro refúgio que um digno Instituto de Gestão Financeira.
Mas, no meio de todas as portas fechadas para o estímulo à poupança em Portugal, (aqui falámos dos pequenos e milhares investidores particulares), e , dado o fraco desempenho das empresas portuguesas, os portugueses investiram na habitação, único recurso de poupança e valorização.
Há quem aplauda tal decisão.
Todavia a injecção de dinheiro no parque habitacional não é um sistema produtivo, revelando-se, por vezes, duplamente parasitário (até do próprio Estado).
O chamado “capitalismo popular” pouco funcionou, já que as “acções” estagnavam ou afundavam-se por causa do processo da globalização.
A dita classe média emergente ou semi-emergente no país encontrou-se relegada para portas sem saída, e, presentemente encontra-se numa depauperização cada vez mais atroz, com reflexos nítidos no Estado.
O Estado deixa trabalhar os bancos com dinheiro, mas esquece-se que ele devia ser o autêntico e genuíno comandante das finanças e do dinheiro.
Felipe Gonzalez dizia: “Haja dinheiro, que eu me encarrego de distribuí-lo”.
É preciso olhar para os nosso vizinhos, ou, para os Estados com formas de capitalização interna.
O Estado devia ser uma máquina de fazer dinheiro, e não gastar o dinheiro da máquina.
Não gastar o seu óleo, porque assim a máquina empena, não funciona, e estoira.
O Estado tem mil e um modos de fazer dinheiro, infelizmente sob a batuta muitas vezes dos trabalhadores, deixando fugir os “tubarões das acções”, esquecendo-se da autêntica capitalização dos médios e pequenos aforradores, infelizmente desenvolvendo uma violência e injustiça, esquecendo-se completamente de um planeamento de estratégias de desenvolvimento.
Afastar-se da linha estimulo/resposta e apontar um caminho nacional, com estratégia e visão do futuro.
Como ilustração deste paradigma, exemplifiquemos:
Os Certificados de Aforro, agora substituídos pelos célebres “Certificados do Tesouro”, revelam uma perícia de poupança, digna dos mais célebres agiotas.
Confrontados com a baixa taxa de juro do Banco Central Europeu, decidiram não atribuir, nem mais, de 1% aos famosos “Certificados de Aforro”. É claro, que muitos aderentes deitaram a fugir.
Aquilo que poderia constituir um sistema de poupança exemplar e digno, constituir-se como reserva do próprio Estado, esfumou-se pela falta de estratégia económica.
É mais fácil pedir a 7%.!...
Além disso, nesta engrenagem existe um “Instituto de Gestão Financeira”, quando o Banco de Portugal se reserva para outras funções!...
Ou seja, a credibilidade e segurança financeira não podia ter outro refúgio que um digno Instituto de Gestão Financeira.
Mas, no meio de todas as portas fechadas para o estímulo à poupança em Portugal, (aqui falámos dos pequenos e milhares investidores particulares), e , dado o fraco desempenho das empresas portuguesas, os portugueses investiram na habitação, único recurso de poupança e valorização.
Há quem aplauda tal decisão.
Todavia a injecção de dinheiro no parque habitacional não é um sistema produtivo, revelando-se, por vezes, duplamente parasitário (até do próprio Estado).
O chamado “capitalismo popular” pouco funcionou, já que as “acções” estagnavam ou afundavam-se por causa do processo da globalização.
A dita classe média emergente ou semi-emergente no país encontrou-se relegada para portas sem saída, e, presentemente encontra-se numa depauperização cada vez mais atroz, com reflexos nítidos no Estado.
O Estado deixa trabalhar os bancos com dinheiro, mas esquece-se que ele devia ser o autêntico e genuíno comandante das finanças e do dinheiro.
Felipe Gonzalez dizia: “Haja dinheiro, que eu me encarrego de distribuí-lo”.
É preciso olhar para os nosso vizinhos, ou, para os Estados com formas de capitalização interna.
O Estado devia ser uma máquina de fazer dinheiro, e não gastar o dinheiro da máquina.
Não gastar o seu óleo, porque assim a máquina empena, não funciona, e estoira.
O Estado tem mil e um modos de fazer dinheiro, infelizmente sob a batuta muitas vezes dos trabalhadores, deixando fugir os “tubarões das acções”, esquecendo-se da autêntica capitalização dos médios e pequenos aforradores, infelizmente desenvolvendo uma violência e injustiça, esquecendo-se completamente de um planeamento de estratégias de desenvolvimento.
Afastar-se da linha estimulo/resposta e apontar um caminho nacional, com estratégia e visão do futuro.
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