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sábado, 24 de novembro de 2012
ANGOLA: Os velhos tempos do Dr: Jaime Gama" e o Jornal de Angola
18 de Novembro, 2012 (Jornal de Angola): Palavra do Director.
”As reacções desencontradas em Portugal a um simples editorial deste jornal são prova da hipersensibilidade que atravessa hoje as elites portuguesas e mostram que há muita gente desactualizada em relação à nova realidade angolana. Isso acontece por culpa da imprensa portuguesa, que é refractária ao contraditório e à igualdade de tratamento em tudo o que diz respeito a Angola e aos outros países africanos de língua portuguesa, porque pensa que é uma ex-potência colonial igual à França e se pode portar como tal, criando agora os “Angolagate à Portuguesa”, depois do grande fracasso do processo de Paris.”
Após o visionamento de um filme sobre o “colonialismo português”, exibido por um grupo de angolanos, encontro no átrio da Faculdade de Economia aquele que seria o Senhor Europa – Jacques Delors, acompanhado do seu séquito. Um pouco atrasado para as aulas de jornalismo, nunca me passou pela ideia deixar de ler qualquer jornal, nem que eu fosse, mais tarde, um acérrimo leitor do “Jornal de Angola”, apesar do contraditório se impugnar com tal leitura.
Aliás, passeio-me pelo jornal, como aqueles funcionários que foram a França e à Itália para uma possível modernização do ”Palácio Cor de Rosa”, em Lisboa. Os tempos eram da “hipersensibilidade” do Dr: Gaime Gama em relação a Angola, em que Portugal, longe da frota de “Mirage”, detinha um superavit de 90 milhões de contos, e, se temia que os angolanos não pagassem, a cujo argumento se refutava com “doses” de petróleo.
Os tempos inverteram-se:
Hoje, são os angolanos que mandam fazer a revisão dos seus Mercedes à Alemanha, acondicionados em aviões. Ou, se esquecem de pagar aos seus empregados, mas são detentores de um milhão de dólares para convidar o “glorioso” Benfica; se , por acaso, não podem vir de avião a jacto a Lisboa!...
Alguns cidadãos franceses afirmavam que os portugueses nada tinham a ver com Angola; nem com os seus “mirages”; por isso, a hipótese de “Angolagate à Portuguesa”, nunca se pode elevar a uma “ex-potência”. Portugal foi sempre um país “colonizador e colonizado”, que deixou uma certa herança em Angola. Após 37 anos de independência e 10 anos de paz, será um pouco injusto culpar Portugal de todos os males angolanos!...
A ridícula comparação com Paris, ou, com a França, além de todos os engulhos diplomáticos, faz-me lembrar que em Angola estão 150 mil portugueses, mas os franceses, talvez, sejam somente os da “Total”, com linda sede em Luanda.
Moral da história: “Amigos, amigos, mas negócios à parte!...”
ANGOLA: "Os portugueses têm medo de falar de Angola!..."
As elites portuguesas estão muito mal informadas sobre Angola, e isso é culpa da sua imprensa. O Jornal de Angola deixou há muito de ser o único diário angolano. Há outros, inclusive gratuitos. Este jornal é independente e a opinião nele expressa é livre. Não estamos prisioneiros de redes mafiosas nem somos instrumentalizados por ninguém.”
Felizmente ou infelizmente não li o célebre artigo do “Jornal de Angola” do dia doze.
Portanto, não estou influenciado pela hiper-sensibilidade angolana ou portuguesa. Aliás, percorria os passos do Palácio Cor de Rosa, quando o dr. Gaime Gama tinha imensa dificuldade em lidar com Angola e com uma dívida de 90 milhões de contos.
Agora, outro galo canta e através da Net também podemos cantar!...("Ainda mais com passaporte português e carimbo françês!"...nos USA.)
Aliás, a nossa tradição humanitária, não se confunde com índoles políticas, jogos de poder, exibição de riquezas, mas simples e humildemente com aquela Angola profunda do Kubango, auxiliada por médicos cubanos e espanhóis.
Claro que não pertenço à chamada “elite portuguesa”, mas por lá navego!...Nem mereço a construção de um editorial, tão amigavelmente solicitado a Luís Fazenda, de modo que nem simplesmente como CARTA DE LEITOR, alguma vez fui publicitado. Nem seria justo solicitar ao Provedor da Justiça, porque esses caminhos são desencontrados no seu convite!...
Há muitos portugueses que tem medo de falar de Angola, e isso entristece-me!...
Por outro lado, o momento político não é o melhor para exigir um relacionamento diplomático, digno dos pergaminhos humanitários que deveriam conduzir a política portuguesa.
“É mais fácil ir à lua, do que conhecer profundamente a realidade social de um país”, dizia alguém.
Por isso:
A imprensa portuguesa pouco diz da realidade social angolana, no bom e mau sentido!... Infelizmente, as televisões seguem o mesmo caminho, fora as notícias de circunstâncias.
Sem dúvida que outra realidade europeia se interessa pela situação angolana, noutro enquadramento!...
Mas certa “elite portuguesa”, não é surda, nem muda; e, certamente luta pelo progresso social e humano em Angola. Nessa linha podem contar connosco.
Aliás, acorrentado às "cartas geográficas" enviadas para Angola, sinto-me como aquele angolano que dizia: "como posso falar com 500 anos de colonialismo"!...
ANGOLA: Perdidos e achados
«INVESTIR em Angola é agora a divisa dos nossos ricos» diz o «Semanário Angolense». Socorrendo-nos de uma lista dos homens mais ricos de Angola, transcrevemos a seguinte lista:
Com mais de 100 milhões de USD
1 - José Eduardo dos Santos, Presidente da República
2 - Lopo do Nascimento, Deputado
3 - José Leitão, Chefe da Casa Civil de Luanda
4 - Elisio de Figueiredo, Embaixador
5 - João de Matos, General
6 - Higino Carneiro, Ministro das Obras Públicas
7 - Helder Vieira Dias (Kopelipa), General
8 - António Mosquito, Empresário
9 - Valentim Amões, Empresário
10 - Sebastião Lavrador, Bancário
11 - José Severino, Empresário
12 - Joaquim David, Ministro da Indústria
13 - Manuel Vicente, PCA da Sonangol
14 - Abilio Sianga, Admnistrador da Sonangol
15 - Mário Palhares, PCA do BAI
16 - Aguinaldo Jaime, Ministro Adjunto do 1°.Ministro
17 - França Ndalu, General da Reserva
18 - Amaro Taty, Governador do Bié
19 - Noé Baltazar, Director Delegado da ASCORP
20 - Desidério Costa, Ministro dos Petróleos
Com mais de 50 milhões e menos de 100 milhões de USD
21 - João Lourenço, Secretário Geral do MPLA
22 - Isaac dos Anjos, Embaixador
23 - Faustino Muteka, Ministro da Admnistração do Território
24 - António Vandúnem, Secretário do Conselho de Ministros
25 - Dumilde Rangel, Governador de Benguela
26 - Salomão Xirimbimbi, Ministro das Pescas
27 - Jardim, Ex-Ministra das Pescas
28 -Dino Matross, 1°.Vice-Presidente da Assembleia Nacional
29 - Álvaro Carneiro, Ex-Director Adjunto da Endiama
30 - Flávio Fernandes, Ex-PCA da Multiperfil
31 - Fernando Miala, Ex-Director dos Servios de Segurança do Estado
32 - Armindo César, Empresário
33 - Ramos da Cruz, Governador da Huila
34 - Gomes Maiato, Governador da Lunda-Norte
35 - João E. dos Santos, Governador do Moxico
36 - Gonçalves Muandumba, Governador da Lunda-Sul
37 - Aníbal Rocha, Governador de Cabinda
38 - Ludy Kissassunda, Governador do Zaire
39 - Luiz Paulino dos Santos, Ex-Governador do Bié
40 - Paulo Kassoma, Governador do Huambo
41 - Rui Santos-Empresário
42 - Mário António, Membro do BP do MPLA e ADM. da GEFI
43 - Silva Neto, Ex-Admnistrador da Sonangol Distribuidora
44 - Júlio Bessa, Ex-Ministro das Finanças
45 - Paixão Franco, Presidente do FDES
46 - Mello Xavier, Deputado e Empresário
47 - Kundi-Payhama, Ex-Ministro da Defesa
48 - Ismael Diogo, Presidente da FESA
49 - Maria Mambo Café, Membro do BP do MPLA
50 - Augusto Tomás, Deputado
51 - Generoso de Almeida, PCA DO BCI
52 - Luiz Faceira, General
53 - Cirilo de Sá, General
54 - Adolfo Razoilo, General
55 - Gilberto Lutukuta, Ministro da Agricultura
56 - Simão Júnior-Empresário (Grupo Chamavo e Gema)
57 - Carlos Feijó, Acessor da Presidência da República
58 - Armando da Cruz Neto, Chefe do Estado Maior das FAA
59 - Fernando Borges, Empresário
“É mais fácil ir à lua, do que conhecer a realidade social de um País” dizia alguém. Por isso, esta lista fica ao critério de cada leitor, sem ser dela credor.
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