O “Jornal de Angola” não é insensível a certos “artigos de opinião” que ousam dizer que João Lourenço vestiu a “pele e figura de advogado do diabo”. É uma figura de estilo, embora como dizia Bossuet: o estilo é o homem (Le style c'est l'homme).
(Talvez, fosse melhor optar pela posição de António Costa: "à justiça o que é da justiça" (caso Sócrates), e, à política o que é da política, respeitando as suas personalidades e agentes.)
Neste, aprofundamento cultural, a voz de um advogado merece nas suas colunas a citação seguinte:
«Entre Angola e Portugal, Convenção de Auxílio Judiciário Entre os Estados Membros da CPLP, a Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção e outros, e que impõem a cooperação e troca de informações entre os Estados membros, na base de respeito mútuo, o que contraria os fundamentos que sustentam a decisão proferida pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa que recusou a remessa do processo em causa a Angola»
(Resumindo: factos são factos, e, a imunidade estende-se a 2022).
Se qualquer “guião invisível” de aprofundamento cultural ou jurídico existe, é necessário substituí-lo da “artilharia pesada” pela exibição de Mercedes nas suas investigações, pela substituição temporária de um mês por uma semana. (Claro que estavam em causa 10 milhões de dólares).
Os delitos angolanos praticados por pessoas de fraca notoriedade, levam-se à exaustão, enquanto que as “personalidades jurídicas e políticas” usufruem de um estatuto condigno com a sua condição.
O senso comum, tanto para portugueses como para angolanos, tem a ideia que há uma “justiça para ricos” e “ uma “justiça para pobres”, mas esta diferenciação é praticada em Portugal por angolanos.