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domingo, 11 de janeiro de 2009

Episódios da Raia.6

Espelhava-se a noite tranquila e afável nas amenas águas do rio, serpenteada por penumbras e luzes que reluziam em intervalos intermitentes.
Um raio de luz estendia-se num reflexo cambiante advindo de um pequeno bar instalado à beira-rio, somente agitado por uma leve cantoria.
Surpreendentemente, o quadro bucólico agita-se pela rápida intervenção de audazes "carabineiros". Rapidamente nos é exigida a identificação.
Os laços de amizade desconhecem fronteiras, e, o barco permanecia impávido e sereno, beijando as areias da encantada Galiza, sequiosa ainda dos ventos frescos da democracia.
Alguém retorquiu, ultrapassando, quiçás, a típica acção psicológica dos "policiais".
O questionamento não ultrapassou a figura paternal, já que embora algemado se invocou o "governo civil" de Pontevedra para tais procedimentos. O esboço de um acto violento esmoreceu numa acção de benevolência. E, o barco que beijava a Galiza pressagiava o alvoroço de tal desavença e alegremente nos transportou para terra de nossa pertença.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...