Seguidores

sábado, 22 de janeiro de 2011

Algoritmo do Kadafi.76 - "Equações de Kadafi"



“Tudo indica que os regimes autoritários vão fechar a torneira à espera que a tempestade acalme”, como afirma um jornalista.


Ultrapassando Salazar no poder (40 anos), Moummar Gadhafi já conta com mais um, quer dizer, com 41 anos de poder.

Qualquer analogia entre os dois líderes não tem similitude.

Mas certamente ambos têm lugar na história mundial pelas mais variadas razões.

Aliás, o actual líder pernoitou no sítio da célebre “queda da cadeira” de Salazar.

Como afirma o secretário da Liga árabe, Amr Moussa: “a revolução não está longe de nós”.

Com os seus 68 anos de idade, o ainda “jovem” Gadhafi tem de dar mais atenção à juventude, e à Internet.

É evidente que o seu poder vigente associa-se ao sistema de segurança extremamente minucioso na sua defesa.

Ao lado da Líbia está o Egipto, onde 40% dos seus habitantes vivem com menos de 1,50 euros, por dia.

Portanto, à grandiloquência dos discursos ergue-se uma realidade social e política de contornos reais de difíceis equações.

Os alertas tem chegado de muitos sítios, apesar de certa cegueira que persiste em mudanças mais audaciosas; por isso, teme-se o contágio como se tratasse de qualquer doença.

Os algoritmos persistem nas suas mais variadas equações.

Staff presidencial.55 - Expresso - "Tempus iustitiae"


Num País, onde sistematicamente, o chamado 4.º poder (imprensa e televisão) denuncia o 2.º poder (poder judiciário) , e o 3.º (poder policial) passa o tempo a acusar o segundo, quer dizer, que as “coisas da justiça” não estão bem.


Grosso modo, existe a percepção de que, não se sabe “quem é quem”, ou, as limitações das várias instâncias não estão bem definidas, e entra-se numa confusão total.

A moralização da “vida política” só tem eficácia se efectivamente os vários poderes detém uma eficaz autonomia e efectiva interdependência.

Além desta profusa confusão, o “tempus iustitiae” surge como a condicionante mais impeditiva da execução, e, da sua aplicação.

A dimensão de espaço/tempo surge como condição necessária da aplicação da Justiça.

A dinâmica do tempo, nos casos mais simples não deveria ultrapassar, nas suas diligências, o espaço de 24 horas.

Os casos semi-intermédios deviam ter um tempo correspondente a 1 ano.

Os casos médios de 1 a 3 anos, percorrendo as suas várias instâncias

Os casos mais complexos teriam um limite máximo de 5 anos, desde os tribunais menores aos maiores.

A componente de celeridade tem de ser instaurada, como mérito de eficácia e satisfação profissional.

Já que 100 milhões de euros não chegam para regular o Ministério da Justiça, o pagamento dos efeitos da Justiça deviam ser mais duros, regulamentada com a eficácia do “tempus iustitiae”.

As várias “corporações” da justiça, com os seus “corpos e anti-corpos” manifestam uma certa incapacidade de mudança no campo da justiça.
Por isso, algo do exterior tem de intervir numa realidade que parece caótica.

Além disso, um certo autoritarismo incorporado nas suas instituições tem de dar lugar à introdução da ética e da moral, como lenitivo de aperfeiçoamento da execução do direito.

Uma sociedade em que não impera o sentido da justiça caminha, lentamente, para uma letargia e decadência moral.

Algoritmo do Kadafi.76 - Ao redor da "Revolução do Jasmim"



Segundo rezam as notícias, o líder da Líbia resolveu bloquear a Internet em território do Norte de África, por causa do efeito “contagiante” dos acontecimentos que se desenrolam na Tunísia, argumentando que o seu líder natural detinha o poder legalmente até 2014.


A utilização dos meios informáticos da Internet, e da célebre televisão Al Jageera deram um grande contributo para a dita “Revolução do Jasmim”.

Com uma população de 6,4 milhões de habitantes, maioritariamente, sediados na costa marítima da Líbia, a sua taxa de desemprego atinge os 30%, o que corresponde a quase 2 milhões de cidadãos.

É evidente que os recursos do petróleo, dos quais 50% são comprados pela China, fornecem uma riqueza, que permite atingir o mais elevado produto “per capite”, ou seja, 30% do Norte de África, com uma média de 13.800 dólares, por habitante.

Apesar da oposição do ex-diplomata Ibrahim Abdulaziz Sahad, da Frente Nacional de Salvação da Líbia, a liderança da Líbia é, sem dúvida, um bastião de inigualável fortaleza.

Com a longevidade de 41 anos de poder na Líbia, e, apesar dos seus “jovens” 68 anos de idade, não se auguram susceptíveis mudanças sociais e políticas neste bastião do islamismo.

A diplomacia francesa, ultimamente, tem recebido algum descrédito por parte destes países emergentes, apesar do apoio sistemático às suas cúpulas, já que os negócios estratégicos favorecem este tipo de ligações.

Portanto, levantam-se algumas incógnitas no relacionamento diplomático entre certos países do Magrebe e do Sul da Europa, excepção a Portugal. Os efeitos colaterais, previstos, ou, meramente previstos desenrolam-se em nuvens de insuspeitos desenvolvimentos!...

Algoritmo do Kadafi. 76 - A REVOLUÇÃO DO JASMIM.2




Com 40 mil turistas portugueses na Tunísia, e, com 10 mil turistas tunisinos em Portugal, o intercâmbio social e cultural fica, muitas vezes, reduzidos às limitações do turismo “low cost”.

Por isso, a percepção dos portugueses das realidades políticas e sociais da Tunísia desvanece-se nos “raios solares” das praias, e, das “águas quentes” das solarengas praias da Tunísia, acrescida, dos passeios turísticos, devidamente, demarcados e programados.

Acresce-se, que o tecido empresarial português, embora débil, tem alguma repercussão económica, quer na Tunísia, quer em Portugal, neste sentido, não nos podemos equiparar à França e à Itália..

No contexto político, somente, a França, Itália e a Espanha têm manifestado algum apoio ou alguma expectativa, falta ao “desaire” da U.E. , e, da sua política externa, que se reverte em alguma predominância de “aceno económico”.

Nem sempre, os vizinhos são os melhores conselheiros. Apesar de certos alertas, o País à beira-mar plantado resigna-se a um certo silêncio, talvez pela similitude com a “Revolução dos Cravos” em Portugal.

É natural que as nossas estruturas diplomáticas não alvejam determinados voos, dada a dimensão reduzida da nossa projecção na Europa, e , à falta de ambição na cena política internacional.

Por isso, toda a manutenção de um certo silêncio, talvez nos acautele das possíveis reacções da explosão democrática na Tunísia.

Mas um certo empenho, compromisso e atenção aos anseios da população da Tunísia, deveria preocupar certos agentes políticos.

Certamente que a juventude árabe manifestará certos tipos de reacções políticas que não são típicas da cultura ocidental, dado o seu contexto de politização. Todavia, o seu acompanhamento deve prosseguir nas sendas que o futuro, de forma incerta, continuará a desenhar.

Oxalá, os bons ventos fortaleçam a “nova democracia” da Tunísia.







EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...