Seguidores

sexta-feira, 20 de março de 2020

EUROPOLITIQUE:" Nem tudo o que reluz é oiro", mas o seu brilho é glamour - nos Almeida Braga (family)

Bafejados pelo rio, onde outrora corria “ouro e cobre”, os “Almeida Braga”, continuam a espalhar o seu “dedo de Midas” naquilo que tocam, por terras brasileiras, segundo dizem certos cronistas das revistas cor-de-rosa. Não será o perfume das rubras camélias ou brancas da quinta do Outeiral, que inebriam o seu frenesim pelo vil metal, mas a “arte e engenho” que os seus dedos tecem nas teias das malhas que tocam.

«Há quem procure e não encontre.

 Há quem ache e não guarde.

Há quem guarde e não desperdice».

Saber "guardar e não desperdiçar", se não for avareza, pressupõe “alma para o negócio”. Ora, este espírito de negociante (não de "merceeiro") é uma técnica que se aprende, ou, até pode ser congénita. Quando ela percorre várias gerações é sinal de eficiência, de brilho, de glamour, que se adapta a cada momento e a cada situação. Porque nos tempos modernos não se respeitam linhagens ou castas, embora o seu conservadorismo teime a conservá-lo.

Saber “achar e guardar” é o instinto, a intuição para o negócio, ao qual certo “farejar” está implícito. Encontrar o rastro de um negócio, é encontrar um trilho, que se abre como caminho e se transforma em estrada, para nela caminhar.  "O caminho faz-se caminhando".



Saber “procurar e encontrar” é o primeiro passo para saber andar no mundo dos negócios. “Quem tem dinheiro, faz dinheiro”, se souber procurar o negócio, e, se encontrou o negócio certo. O incerto não faz parte do negócio, porque a certeza faz parte de uma certa esperteza. A "esperteza" é o filão inicial do desenvolvimento da capacidade e habilidade do negócio. Uma dose de esperteza liga-se a esta capacidade de saber negociar. Saber tocar. Saber tanger os bois, porque o gado é símbolo de pecúnia.

ADRIANA GALISTEU
P.S. Ora, contra estes mandamentos na "troca dos trocos", em vez de quinhentos escudos de "bandeirada", embardam-se ou enfardam-se cinco notas de cinco mil escudos, como prova de correcção e honestidade para taxista honrado, gratificando-o 50 vezes. Só, pode ser  à "Almeida Braga"!... Faz relembrar os 50 escudos do óbolo paroquial de seu pai.

Sem comentários:

Enviar um comentário

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...