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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

EUROPOLITIQUE: Uma saga na AT e na Clara F. Alves (Expresso) - "Dá-te, por feliz, se somente pagas impostos!..."


«O postal das Finanças era o equivalente do papão das crianças, o monstro desalojado que espreita a sua oportunidade para invadir a propriedade alheia e instalar-se no coração dos meninos maus».

Esta frase de Clara Ferreira Alves, publicada no Expresso, denota como estamos cercados e manietados pelas Finanças.

Presumo, que a colunista nunca viu a sua casa, propriedade privada, invadida por outrem, que nela se domiciliou; e, perante esta caricata situação, certos funcionários “jocosamente” dizem que é da família, ou, pertence ao mesmo clã, sendo, por isso, uma amistosa invasão. Claro, que à família muitas coisas se perdoam, sobretudo quando o “domiciliado” é despojado da sua casa, que tanto adorava como propriedade sua, mas sem registo evidente, todavia consagrada em tribunais, e, popularmente consignada; mas, por obra do destino e de mãozinhas habilidosas, é colocado na propriedade de outrem.

“Invasão de “propriedade privada”?

“Deslocamento informático”?

“Desterro improvável”, para pagamento de impostos?

É que, os “meninos maus” (aqueles que ficam mal na fita) e, que se insurgem contra estas “trapalhadas” são obrigados a aceitar a sabedoria e habilidades de outros, cuja jactância se improvisa na eloquente frase: “chego, ali, às Finanças.... e, pimba”. Mas, esta mestria, cuja raia jaz a corrupção, tem como objetivo instalar “novos inquilinos” na casa desalojada, já que o seu dono, não certificado, foi “gloriosamente” posto a invadir uma propriedade privada.

Desaloja-se uma senhora indefesa, instala-se novos inquilinos, e, invada-se a “propriedade privada” de outrem, com grande mestria e sabedoria.

A saga desta história, que se arrasta no tempo e no espaço, corrói mentalidades, que qualquer imposto não devolve. É, o prolongamento de uma doença que corrompe corpos e mentes, num processo hereditário, cuja genealogia não obedece à tradição familiar, mas as “mãos habilidosas” que se intrometem com a sua sabedoria e mestria na exaltação de um absolutismo, que faz lembrar o fascismo.

Por isso, “o Estado está a ver-te” recai mais sobre aqueles que procuram ter uma “consciência cívica”, que pugnam por “justiça fiscal e social”, e, que não ficam imunes às contradições do próprio sistema, e, de “mãos habilidosas”, que se escondem debaixo das suas máquinas.

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