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sexta-feira, 11 de março de 2016

EUROPOLITIQUE: "NA ESCOLA TUDO CAI"


 
 
O artigo do espanhol que escreve no “Diário de Notícias” tecendo culpas a um sistema de ensino que vem de Maio de 68, merece a contra-argumentação, felizmente,  instalada nos programas de Filosofia, de hoje.
Quando cheguei a Portugal em 78 nem programa de Filosofia existia. Mas, sucessivos programas foram instalados, de forma que aquele que segue as bases da “filosofia analítica” ajusta-se à sua argumentação.
É lindo ouvir dizer que a profissão de professor é a “mais sagrada”; aliás, nela repousa a “Alegoria da Caverna” de Platão, em sentido, dinâmico.
“Na escola tudo cai”, quer dizer que a escola medeia o espaço entre O Estado e a Sociedade. Por exemplo, a violência da Sociedade repercute-se na Escola, como o funcionamento da Sociedade se imiscui na Escola. Assim como, as directrizes do Estado e suas concepções têm de ser seguidas na Escola, embora acompanhadas de contestação. Porque, apesar da condução dos programas e da sua obrigatoriedade, os professores beneficiem ainda de um espaço de pensamento.
Ou seja,  “o bom e o mal” são despojados na sua actividade de ensino, como, aliás, alguns professores se apercebem de um certo “fio condutor” em que a “experteza” e a “inteligência” podem exponenciar esse “bem ou mal”, se é legítimo traçar esta dualidade.
O paradigma de: “estudo+esforço+disciplina+memória” não corresponde àquilo que muitos professores anseiam, já que urge implantar novas estratégias, atendendo mesmo às mudanças do outro “paradigma da sociedade e da informática”.
Além disso, o “campo dos valores”, por vezes, tão afastado da Escola, incrusta-se numa consciencialização em que a prevalência dos direitos não encontra correspondência na consciência dos deveres.
A axiologia, dominada pela economia, subtrai a ética e a moral, que a própria Sociedade desenvolve e o Estado consagra.
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