O artigo do espanhol que escreve no “Diário de Notícias”
tecendo culpas a um sistema de ensino que vem de Maio de 68, merece a
contra-argumentação, felizmente, instalada nos programas de Filosofia, de hoje.
Quando cheguei a Portugal em 78 nem programa de Filosofia
existia. Mas, sucessivos programas foram instalados, de forma que aquele que
segue as bases da “filosofia analítica” ajusta-se à sua argumentação.
É lindo ouvir dizer que a profissão de professor é a “mais
sagrada”; aliás, nela repousa a “Alegoria da Caverna” de Platão, em sentido,
dinâmico.
“Na escola tudo cai”, quer dizer que a escola medeia o
espaço entre O Estado e a Sociedade. Por exemplo, a violência da Sociedade
repercute-se na Escola, como o funcionamento da Sociedade se imiscui na Escola.
Assim como, as directrizes do Estado e suas concepções têm de ser seguidas na
Escola, embora acompanhadas de contestação. Porque, apesar da condução dos
programas e da sua obrigatoriedade, os professores beneficiem ainda de um
espaço de pensamento.
Ou seja, “o bom e o
mal” são despojados na sua actividade de ensino, como, aliás, alguns
professores se apercebem de um certo “fio condutor” em que a “experteza” e a
“inteligência” podem exponenciar esse “bem ou mal”, se é legítimo traçar esta
dualidade.
O paradigma de: “estudo+esforço+disciplina+memória” não
corresponde àquilo que muitos professores anseiam, já que urge implantar novas
estratégias, atendendo mesmo às mudanças do outro “paradigma da sociedade e da
informática”.
Além disso, o “campo dos valores”, por vezes, tão afastado
da Escola, incrusta-se numa consciencialização em que a prevalência dos
direitos não encontra correspondência na consciência dos deveres.
A axiologia, dominada pela economia, subtrai a ética e a moral, que a própria
Sociedade desenvolve e o Estado consagra.
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