Se fizermos jus ao ditado popular, “vox populi, vox
Dei”, de que “o Porto é uma Nação”, iremos entroncar historicamente no começo
da nação portuguesa, na sua luta contra o “El Andaluz”, na conquista de
“Lissabone”; e, no papel notável dos vikings contra Santiago de Compostela,
cujo líder Gunderedo afundou, por algum tempo, o poderio do “Reino da Galiza”,
permitindo a emergência dos senhores portucalenses.
A emancipação dos condes de Portucale e de Coimbra,
apoiada pelo diocese de “Barcara Augusta” fundamentam este núcleo de autonomia
do Condado Portucalense.
O eixo da Corunha, Santiago de Compostela e Vigo (antigo
condado de Toronho, por quem D. Afonso Henrique se enamorou e pelejou),
constituem um trio que a zona portuense tem de enfrentar com as suas armas,
como outrora, soube resistir à sua influência.
As quatro províncias da Galiza constituem uma força
económica e industrial que se refunda no velho estado do “Reino da Galiza”, e,
que ousadamente zela e vela pelos seus interesses, com a respectiva “gana” espanhola.
O rombo de Portugal em 2008, com um resgate de 78
mil milhões de euros, deixou a zona norte do País à deriva, enquanto que a
Galiza lentamente continuou nos seus investimentos, e, no desenvolvimento das
suas infra estruturas.
Se, a Espanha com 80 mil milhões de euros de
desfalque remeteu esse buraco para os bancos, o “navio português” sofreu um
choque contra o “rochedo”, que estalou pelas zonas graníticas do Porto.
Ainda que a cidade do Porto e suas gentes tenham
perdido entre a 10% a 15% da sua riqueza, a “cidade invicta” soube “fazer das
tripas – coração”, de tal forma que criou o célebre prato, como símbolo da luta
e da resistência contra os adversários, aliás, cujo espírito (volksgeist) e cuja força se espera
na sua continuidade.
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