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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

EUROPOLITIQUE: Texto publicado no correio de leitores do Jornal Cerveira Nova

Homenagem ao Mestre José Rodrigues




Esteticamente embelezada, a encosta da Senhora da Encarnação, exibe um “objecto artístico”, da autoria do escultor José Rodrigues, refulgindo no seu horizonte a figura de um “cervo”.
      O veado tornou-se o símbolo de Vila Nova de Cerveira, fazendo jus à terra de “corsas e veados”, que noutros tempos encheriam os seus espaços agrícolas, como, aliás, o monte de Santa Luzia mantinha um “reserva de veados” para admiração de turistas.
      Como expressão simbólica, a “figura do veado” remete para o objecto em si, para o espectador e para a sua interpretação.                      
     Logicamente, o objecto de representação impregna o espectador na riqueza do seu território – nas suas verdes pastagens. A conclusão simples e lógica, para além do valor do “objecto estético”, reside nesta simples triangulação:  objecto, sujeito e interpretação.
      Todavia, historicamente, a interpretação  de Cerveira advém de um descendente de Coimbra que foi encarregado de defender estes territórios, na orla do Rio Minho. O Condado de Coimbra, na sua luta com o mundo árabe, originou bravos e destemidos homens, habituados aos combates da época. Este “sangue novo”, corajoso e destemido, foi destacado para uma zona enfraquecida pelas lutas e guerrilhas com “os magnates” da Galiza do Norte.
     A imponente muralha de Valença é a demarcação mais consistente e posterior em relação ao poder da Sé de Tui, por duas vezes, capital da Galiza.
      Por isso, ao reivindicar o “símbolo de veado” para Vila Nova de Cerveira, os seus habitantes  não devem esquecer essa figura e personagem deste coimbrão, cujo nome é Cerveira.

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