Esteticamente embelezada, a
encosta da Senhora da Encarnação, exibe um “objecto artístico”, da autoria do
escultor José Rodrigues, refulgindo no seu horizonte a figura de um “cervo”.
O veado tornou-se o símbolo
de Vila Nova de Cerveira, fazendo jus à terra de “corsas e veados”, que noutros
tempos encheriam os seus espaços agrícolas, como, aliás, o monte de Santa Luzia
mantinha um “reserva de veados” para admiração de turistas.
Como expressão simbólica, a
“figura do veado” remete para o objecto em si, para o espectador e para a sua
interpretação.
Logicamente, o objecto de representação impregna o espectador na riqueza do seu território – nas suas verdes pastagens. A conclusão simples e lógica, para além do valor do “objecto estético”, reside nesta simples triangulação: objecto, sujeito e interpretação.
Logicamente, o objecto de representação impregna o espectador na riqueza do seu território – nas suas verdes pastagens. A conclusão simples e lógica, para além do valor do “objecto estético”, reside nesta simples triangulação: objecto, sujeito e interpretação.
Todavia, historicamente, a
interpretação de Cerveira advém de um
descendente de Coimbra que foi encarregado de defender estes territórios, na
orla do Rio Minho. O Condado de Coimbra, na sua luta com o mundo árabe,
originou bravos e destemidos homens, habituados aos combates da época. Este
“sangue novo”, corajoso e destemido, foi destacado para uma zona enfraquecida
pelas lutas e guerrilhas com “os magnates” da Galiza do Norte.
A imponente
muralha de Valença é a demarcação mais consistente e posterior em relação ao
poder da Sé de Tui, por duas vezes, capital da Galiza.
Por isso, ao reivindicar o “símbolo de veado” para
Vila Nova de Cerveira, os seus habitantes não devem esquecer essa figura e personagem deste coimbrão, cujo
nome é Cerveira.
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