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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

EUPOLITIQUE: Poema na costa vicentina


 

Eram dezassete
vinte e quatro limões no ar
 enfrentando a brisa do mar
“Virgíneas tetas imitando”
que de pequenas em tamanho
reluziam doces e tenras ao par.

 

Eram dezassete
Vinte e quatro limões no ar
Sem ilha no horizonte do mar
Sem embalo, gemido ou espanto
E sem gestos ou jeitos de pranto
Erguiam-se hirtas ao par.

 

Eram dezassete
Vinte e quatro limões sem par
Horas, minutos em relembrar
Segundos, instantes de existência
Puro gozo na sua essência
Sedução juvenil no olhar.

 

Eram dezassete
Vinte e quatro limões no ar
Não tem conta no seu olhar
Frente ao mar e luz do sol
Enguias, peixe sem anzol
Brilhando no doce preia-mar.

 

Eram dezassete
Vinte e quatro limões no ar
Horas do dia e noite de sonhar
De “virgíneas tetas imitando”
Versos e sílabas cantando
Alegria juvenil a sonhar.

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