Enquanto que os países europeus se debatem com graves
problemas económicos e financeiros nos seus “sistemas de pensões e segurança
social”, alguns países do Sudoeste Africano, sobretudo, incluindo Angola e
Moçambique, graças ao contingente de população jovem no mundo do trabalho,
desfrutam de bolsas positivas para compensarem os gastos nestas rubricas.
A passagem de um “sistema
marxista” para o “sistema liberal económico” implicou que estes países
construíssem modelos de “segurança social”, a nível das pensões, por “imposição
dos modelos internacionais”, que se traduz num superavit, segundo certas fontes
confidenciais.
Por isso, a tentativa de “lançar
mão” destes recursos, tornou-se numa certa avidez de alguns arautos da
política.
Além da falta da aplicação de um
sistema informático e informativo dos direitos dos seus cidadãos, que vivem sem
a esperança de beneficiar deste esforço financeiro, a distribuição de alguns
mínimos de assistência social esbarra contra a vontade burocrática que sonega
qualquer benesse.
Sem esperança de “pensões” e sem
uma justa distribuição de alguns subsídios, assim se caminha neste tecido
social e cultural.
“Ser proprietário” de qualquer
bem, seja, por exemplo, uma “simples casa”, é sinónimo de exclusão de qualquer
benefício ou subsídio.
Por outro lado, a consciencialização de alguns cidadãos destes
países sobre a construção destes sistemas
passa pelo desconhecimento, falta de informação, desleixo. A noção de
“direitos e deveres” no “sistema de pensões e segurança social”, (que passa
pela actualização informática), é quase mínima, substituindo-se pela “técnica
do desenrasca”, do “chico-espertismo”, do momento que foge e desaparece.
Quer no topo da pirâmide, quer na sua base, somente a emergência de uma
“sociedade civil”, mais esclarecida e exigente pode salvaguardar os benefícios
da jovem população moçambicana e angolana na construção de um futuro mais
promissor.
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