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quarta-feira, 2 de julho de 2014

EUROPOLITIQUE: O SISTEMA BANCÁRIO EM ANGOLA





Apesar do crédito em Angola passar de 600 milhões de dólares, em 2007, para 1.430 milhões de dólares, em 2013, a economia angolana revela-se numa fase de iniciação no seu sistema bancário, apesar da proliferação da sua rede bancária. Para um país, com as potencialidades económicas de Angola, quer dizer, que ainda não atingiu a “fase de formação ou constituição”  ao nível do crédito bancário. Até que ponto, os depósitos bancários em Angola atingem uma “massa monetária” estável e credível, são questões pouco clarividentes. A estabilidade monetária, a inflação e desvalorização da moeda, os juros, os depósitos, o funcionamento da economia, ainda não atingiram os patamares de uma autêntica economia em desenvolvimento. Por outro lado, o funcionamento de bancarização dos salários, a garantia de depósitos, o funcionamento e uso do sistema  bancário, está aquém das expectativas desejadas. Acresce-se que Angola está no oitavo posto do sistema bancário, a nível da rede e expansão bancária, dos países do Sudoeste Africano, onde pontifica a África do Sul, em primeiro lugar. Todavia, esta expansão, sobretudo no litoral angolano, revela que o tecido económico e empresarial é demasiado frágil, pois a constituição de empresas é bastante incipiente. Ainda que o sistema bancário se revele demasiado forte no sector petrolífero, a nível das receitas e firmeza de contratos, onde pontifica soberanamente a Sonangol, cuja hegemonia cria uma dependência do sistema bancário, nos sectores intermédios e empresariais, tanto individual como privado, existe lacunas que urge ultrapassar. A constituição de um tecido empresarial, com mais autonomia e independência, com recursos financeiros severamente estipulados e avalizados, implica que os seus gestores se afirmem no seu comando e na sua relação com os bancos.
Flutuar economicamente como um barco, ao nível do sistema bancário, significa que as âncoras ainda não encontraram os alicerces e a fundamentação da sua credibilidade.  As estacas do tecido empresarial carecem de afirmação e autonomia, já que Angola detém recursos necessários e suficientes para não ser um simples barco que navega nas águas do crude angolano.  

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