Apesar do crédito em Angola passar de 600 milhões de
dólares, em 2007, para 1.430 milhões de dólares, em 2013, a economia angolana
revela-se numa fase de iniciação no seu sistema bancário, apesar da
proliferação da sua rede bancária. Para um país, com as potencialidades
económicas de Angola, quer dizer, que ainda não atingiu a “fase de formação ou
constituição” ao nível do crédito
bancário. Até que ponto, os depósitos bancários em Angola atingem uma “massa
monetária” estável e credível, são questões pouco clarividentes. A estabilidade
monetária, a inflação e desvalorização da moeda, os juros, os depósitos, o
funcionamento da economia, ainda não atingiram os patamares de uma autêntica economia
em desenvolvimento. Por outro lado, o funcionamento de bancarização dos
salários, a garantia de depósitos, o funcionamento e uso do sistema bancário, está aquém das expectativas
desejadas. Acresce-se que Angola está no oitavo posto do sistema bancário, a
nível da rede e expansão bancária, dos países do Sudoeste Africano, onde
pontifica a África do Sul, em primeiro lugar. Todavia, esta expansão, sobretudo
no litoral angolano, revela que o tecido económico e empresarial é demasiado
frágil, pois a constituição de empresas é bastante incipiente. Ainda que o
sistema bancário se revele demasiado forte no sector petrolífero, a nível das
receitas e firmeza de contratos, onde pontifica soberanamente a Sonangol, cuja
hegemonia cria uma dependência do sistema bancário, nos sectores intermédios e
empresariais, tanto individual como privado, existe lacunas que urge
ultrapassar. A constituição de um tecido empresarial, com mais autonomia e
independência, com recursos financeiros severamente estipulados e avalizados,
implica que os seus gestores se afirmem no seu comando e na sua relação com os
bancos.
Flutuar economicamente como um barco, ao nível do sistema bancário,
significa que as âncoras ainda não encontraram os alicerces e a fundamentação
da sua credibilidade. As estacas do tecido
empresarial carecem de afirmação e autonomia, já que Angola detém recursos necessários
e suficientes para não ser um simples barco que navega nas águas do crude angolano. Seguidores
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