Para uns será motivo de chacota, de riso e
provincianismo, para outros será um
movimento pouco visível mas latente nas relações humanas. Baseada nos laços de
sentimentos, camuflada nas instituições humanitárias, erguida em processos de inter
ajuda ambulatória, familiar e social, ela desembarca suavemente num sentido de
fraternidade.
Claro que a avidez das empresas americanas e outras, de
índole estrangeira se ancoram nos
eldorados do petróleo. O seu investimento
reserva-se em pequenas coutadas de lucro garantido, porque não estão
disponíveis a correr riscos. Certas empresas portuguesas têm como dado
adquirido uma fasquia de 20% sobre os custos em África, ou seja, os problemas
tipicamente africanos. Claro que as empresas americanas detestam riscos de
perda inerente, evocando questões de instabilidade política e social.
Para além do funcionamento capitalista, inerente ao sector
empresarial, a dita “diplomacia silenciosa”, além do próprio silêncio que impõe
a si própria, o dito “silêncio interno”,
deve preservar um “silêncio externo” em que o seu trabalho “pouco
visível”, ou mesmo “invisível” se traduza numa dinâmica que somente no futuro
apresentará os seus frutos. Costuma-se dizer que o “segredo é a alma do
negócio”. E, este negócio carece de parceiros, não ávidos de lucro imediato,
mas conscientes que a dinâmica instalada reverterá em benefícios comuns.
Para um certo êxito da dita “diplomacia silenciosa” é necessário que
haja agentes com uma visão de futuro, humanitária e social. Por isso, as portas
devem-se abrir às instituições de bem, às empresas credíveis que colaborem na
cobertura das necessidades mais prementes do povo angolano.
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