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domingo, 11 de maio de 2014

EUROPOLITIQUE: A "diplomacia silenciosa" entre Angola e Portugal.









Para uns será motivo de chacota, de riso e provincianismo,  para outros será um movimento pouco visível mas latente nas relações humanas. Baseada nos laços de sentimentos, camuflada nas instituições humanitárias, erguida em processos de inter ajuda ambulatória, familiar e social, ela desembarca suavemente num sentido de fraternidade.
Claro que a avidez das empresas americanas e outras, de índole  estrangeira se ancoram nos eldorados do petróleo. O seu investimento  reserva-se em pequenas coutadas de lucro garantido, porque não estão disponíveis a correr riscos. Certas empresas portuguesas têm como dado adquirido uma fasquia de 20% sobre os custos em África, ou seja, os problemas tipicamente africanos. Claro que as empresas americanas detestam riscos de perda inerente, evocando questões de instabilidade política e social.
Para além do funcionamento capitalista, inerente ao sector empresarial, a dita “diplomacia silenciosa”, além do próprio silêncio que impõe a si própria, o dito “silêncio interno”,   deve preservar um “silêncio externo” em que o seu trabalho “pouco visível”, ou mesmo “invisível” se traduza numa dinâmica que somente no futuro apresentará os seus frutos. Costuma-se dizer que o “segredo é a alma do negócio”. E, este negócio carece de parceiros, não ávidos de lucro imediato, mas conscientes que a dinâmica instalada reverterá em benefícios comuns.
Para um certo êxito da dita “diplomacia silenciosa” é necessário que haja agentes com uma visão de futuro, humanitária e social. Por isso, as portas devem-se abrir às instituições de bem, às empresas credíveis que colaborem na cobertura das necessidades mais prementes do povo angolano.

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