Começam a surgir notícias que a
Alemanha é que ganhou com a crise. Começam a surgir notícias que a França
falhou, ou, melhor dito, que o governo francês socialista falhou. Que a França criou um sistema de
austeridade de 50.000 milhões de euros, quando habitualmente a fuga ao fisco
francês atingia, em nota de cem francos, o monte Everest. Como se a França,
potência nuclear da Europa, se
assustasse muito com o problema!...
O problema da França é que face
aos alemães, quase sempre, se deixou
iludir pela sua supremacia tecnológica, idealista e humanitária. Mas,
infelizmente, sempre dependente da tenacidade e mística do trabalho alemão.
Os países do Sul da Europa
pagaram bem caro esta crise, sobretudo os mais indefesos.
Com democracias recentes viram os
seus ideais subvertidos à problemática
da existência económica, naquilo que Marx considera o homem, na sua base, como “um ser económico”.
E, como a única dimensão de
preocupação europeia se situa-se no carácter económico, os países do Sul da
Europa são preguiçosos, gostam de viver ao sol, são gastadores e produzem
pouco.
Pouco interessa a arquitectura da
criação da moeda única e das suas contradições.
Surge o ataque moralista,
impregnado da moral kantiana, de que a temática do dever, e de um dever
económico, é a única tábua possível para qualquer salvação, claro, económica.
Mas nesta mescla cinzenta de
atributos que envolvem os países do Sul da Europa, a certificação surge,
precisamente, deste país do centro europeu, que apesar do seu falhanço exibe as
pretensas garras da sua autoridade diplomática de menoridade intelectual.
Os países do Sul da Europa, não preguiçosos nem gastadores, são BURROS, como diria Lula da Silva "ignorantes e preguiçosos".Pessoalmente, prefiro a palavra italiana, pode ser que escorreguem!...
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