Ora bem; Angola, com os seus 6.000 angolanos, com mais de um milhão de dólares, começa a ter pernas para andar nas sendas do progresso e no caminho da humanidade.
Embora, com uma taxa de inflação a rondar os 8%, é claro que a sua taxa básica de juro se mantém na linha dos 9,25%, que digamos, para certos patamares internacionais, é alta. Claro que para manter a sua moeda activa em confronto com outras, necessita de ter um “stock” de garantia e reserva para as suas trocas internacionais, que ultrapassa os 9 meses. (A África do Sul, carregada de ouro, viu a sua moeda desvalorizada em 20% face ao dólar, nos últimos anos). Tudo bem, dentro dos padrões internacionais, com a consequente "taxa de juro de facilidade de absorção de liquidez" na ordem dos 0,75%, custos bancários e benefícios, é lógico.
Todavia, como sociedade organizada que pretende ser, a fasquia dos impostos é demasiado baixa, ou, unicamente concentrada na indústria do petróleo. Neste segmento, os benefícios recaem nos cidadãos com um preço de gasolina demasiado acessível!...
Mas, como sociedade organizada, o grande número de funcionários públicos, dependentes do Estado, também devem pagar impostos, ou seja, os chamados impostos directos, que infelizmente, quase nada pesam na orgânica económica de Angola.
Se, passarmos para os "impostos indirectos", eles são insignificantes, já que parece que os angolanos "não fumam, não bebem, nem comem", relegando-se para este segmento os impostos das alfândegas.
Aumentar os salários da função pública em Angola, talvez aumente a inflação e ao mesmo tempo o consumo; mas pode estimular a cidadania e a recolha de impostos. Peguemos, num exemplo de um país do Sudoeste Africano. Qualquer família média faz recurso à criadagem que aufere salário da ordem de 100 dólares mensais, ou, muito menos, enquanto nos países desenvolvidos ter esta mordomia é um luxo. O Brasil criou legislação rigorosa para situações destas. A manutenção deste sistema acarreta situações de divisão de classes que contradizem os fundamentais direitos humanos e a cidadania.
Admitamos que os salários de professores no ensino secundário, em Angola estão ao nível dos países do Sudoeste Africano, que dizer, sejam da ordem dos 2.500 dólares aos 250 dólares. Enquanto que nos países europeus, professores idênticos não se podem dar ao luxo de empregados domésticos, em Angola ou Moçambique, exibem comportamentos que não ilustram a humanidade.
Conclusão: em África 80% do trabalho é vulnerável, precário e não tributável. Neste sentido, Angola não foge a este pesadelo, apesar de um crescimento de 7% na sua economia, nos próximos anos. Apesar de Angola desejar candidatar-se aos "países de desenvolvimento médio", somente com a
computação e o controlo do mercado informal atingirá estas metas, apesar das suas riquezas naturais e do petróleo.
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P.S. Ainda que os países desenvolvidos "da primeira cena mundial" esgrimam os mais modernos sistema de computação, passados 30 anos, 20% dos seus "dados" são perdidos!...
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