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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

EUROPOLITIQUE: A Indústria do Petróleo em Angola

Angola prepara-se para esgrimir armas na indústria petrolífera com o seu rival - a Nigéria. A Nigéria é o país com maior número de milionários, seguida da África do Sul, mas paulatinamente Angola aproxima-se para se guindar ao estatuto de novos ricos milionários do petróleo. A indústria petrolífera permite a emergência de novos ricos, que também começam a surgir em Angola, como acontece nos países árabes, como gostam de afirmar os angolanos. Todavia, o exemplo do Brasil não se encaixa neste modelo africano. Ainda que a indústria petrolífera esteja nas mãos das companhias estrangeiras, a reserva dos "poços de petróleo em terra" é uma tentativa para estancar esta hegemonia, graças à influência da empresa nacional Sonangol. A formação de 500 bolseiros no Reino Unido e USA, com a selecção de outros 500 formandos visa colmatar estas deficiências de formação tecnológica. Além disso, a dependência de infra-estruturas petrolíferas da Coreia do Sul começa a despontar com a emergência de alguns estaleiros angolanos. Aliás, convém não esquecer as várias escolas de formação angolanas e estrangeiras que existem em Angola, com pagamentos na ordem dos 1.500 dólares. A venda de petróleo representa 97% das exportações angolanas, 80% das receitas fiscais e 50% do seu PIB. Os restantes 20% advêm, sobretudo, das receitas alfandegárias, ainda que Angola tenha mais de 6.000 habitantes com um milhão de dólares e uma grande classe de funcionários públicos. Por vezes, Angola reclama o paradigma brasileiro, já que os habitantes da “Terra do Samba” se consideram como de “irmãos ” ("ipsis verbi", de alguns brasileiros), mas os seus patamares estão bem distantes da terra de Álvares de Cabral. (Como luso descendente aceito perfeitamente esta idiossincrasia brasileira/angolana, tal como a comparação de Angola com os Países Árabes, bem distinta da similitude brasileira, e, porventura da minha antiga convivência com angolanos, em terras portuguesas). Mas, o Brasil, além das suas riquezas petrolíferas e das suas necessidades de investigação e formação, detém uma indústria agro-pecuária que contribui com 22,8% para o seu PIB. No campo dos minerais, Angola e Brasil, quase rivalizam no potencial das suas riquezas. O modelo brasileiro, embora constitua um certo valor de réplica para Angola, segue outros vectores que se tornam bem distintos dos angolanos, e, por isso, se afastam do modelo dos Países Árabes. Claro que as implicações são complexas, desde o aspecto histórico até aos aspectos jurídicos. Mas o ano de 2015 perfila-se como meta de 2 milhões de barris diários para a indústria petrolífera angolana. É obra!...

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