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sábado, 30 de novembro de 2013
EUROPOLITIQUE: "Great Francisco"
"Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social». Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o facto de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência desta situação, grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída. O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início a cultura do «descartável», que aliás chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenómeno de exploração e opressão, mas duma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são «explorados», mas resíduos, «sobras»."
n Quando leio este texto, relembrando-me de Herbert Marcuse, falando inglês com o seu sotaque de alemão, na cidade das luzes, Paris. O “homem unidimensional” que ele caracterizava incrusta-se bem neste texto. Ou, outros como Habermas....
n Longe estamos do “Lebenwelt”, que ele apregoava.
n A tão apregoada metodologia metódica do trabalho japonês que gerou uma geração de velhos extremamente pesada para o erário público nipónico, como a emergente classe moçambicana que exibe uma motorização, tão criticada por Marcuse, são extremos de um desenvolvimento social que se fundamenta na apregoada eficácia do capitalismo.
n A globalização indiferenciada que descarta empresas e trabalhadores.
n Os mercados de capital, cujo fim último e exclusivo é o lucros.
n Os fundos soberanos de muitas nações ricas, caso da Noruega, que se exibem nos 5% de lucros.
n A falta de ética económica e política.
n A “descartável” antropologia............
n O resto fica para os seus comentários!............(Infelizmente a maior pesquisa recai na "tabela de preços"!....
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