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domingo, 1 de dezembro de 2013
Europolitique: O Rio e o seu Redentor
“Hoje, em muitas partes, reclama-se maior segurança. Mas, enquanto não se eliminar a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos será impossível desarreigar a violência. Acusam-se da violência os pobres e as populações mais pobres, mas, sem igualdade de oportunidades, as várias formas de agressão e de guerra encontrarão um terreno fértil que, mais cedo ou mais tarde, há-de provocar a explosão. Quando a sociedade – local, nacional ou mundial – abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos, nem forças da ordem ou serviços secretos que possam garantir indefinidamente a tranquilidade.”
Papa Francisco
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A toalha voava do areal e o casal japonês queixava-se de roubo. Na esplanada, saboreando uma “água de coco”, era interpelado por um jovem “cabeludo”, rogando “pelo teu Deus” de qualquer óbolo. Em plena Copacabana, em que os grandes hotéis bordejam a baía, sobressai nas suas montanhas as imagens do “ghetto”, da periferia, tão perto. Qualquer “garota de Ipanema” ficaria assustada com estes factos ou pasquim. Ou seja, da tranquila praia dos “intelectuais brasileiros” surgiu a arrogância da riqueza que se espraia no seu cosmopolitismo. Mas suas contradições ressurgem como uma onda de violência. Da pacatez do negócio da comunidade portuguesa reacende-se o negócio brasileiro, com as sirenes da polícia em aviso de atalaia.
O Rio é lindo, e mais lindo estando lá. Mas, a violência espreita a cada esquina. A explosão da cidade atraiu e marginalizou muita gente. A margem de oportunidades explode com o número daqueles que lutam pela sua realização.
O Brasil é rico, tem melhorado muito, mas ainda há muitos que lutam pela igualdade de oportunidades.
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