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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Europolitique: O fenómeno da televisão pública grega

O velho slogan “educar-informar-entreter” da RTP, considerada como “serviço público” e “transformada em ideologia do Estado”, cujo objectivo é essencialmente manter a cidadania e o bem comum, além da propalada identidade linguística, encontra-se, hodiernamente, numa crise sistémica e financeira. Partindo do pressuposto que “fazer televisão é caro”, vem a propósito o “fecho de sinal” da televisão grega, com os seus três canais generalistas, quatro antenas de rádio e uma de serviço internacional. Nada menos de 2.655 “pessoas para a rua”, apesar dos 300 milhões de receitas, espartilhadas na factura eléctrica de 4,30 euros, que comparativamente com a televisão portuguesa ronda os 150 milhões de euros, por 2,25 euros de pagamento por família. Ou seja, o serviço público, dentro da função do Estado, com a sua concepção política e cultural nada representa face ao rigor da economia Portanto, “fecho automático”. Partindo do pressuposto que as “notícias veiculadas pela televisão” correspondem a 1/5 da “informação real”, e, que a imagem é uma representação da experiência de “entrar numa discoteca”, vindo da vida nocturna, hodiernamente, a televisão surge como uma mistificação a vários níveis. Partindo do pressuposto que o “serviço público”, muitas vezes, está ao serviço de grupos políticos, económicos e associativos, conjuntamente com a manipulação do serviço informativo, quer em conteúdo, quer em extensão, hodiernamente, “a janela do mundo” não goza da preponderância que os Estados tão orgulhosamente guardavam. O fenómeno grego da televisão pública é um alerta desta crise sistémica e financeira.

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