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domingo, 26 de maio de 2013

EUROPOLITIQUE: Reunião de economistas?...

«A Alemanha não atraía tanta gente desde há quase duas décadas e os países do Sul e do Leste da Europa foram aqueles que mais contribuíram para este cenário. O número de portugueses que emigraram subiu 4000 (mais 43%) do que em 2011. Espanha (mais 9000 ou 45%) e Grécia (mais 10 mil ou 43%) registaram as maiores taxas de aumento. De Itália partiram para a Alemanha mais 40% de pessoas (mais 12 mil) quando comparado com 2011. O número total de portugueses que o instituto regista terem dado entrada no país ronda os 12 mil, um valor que está ao nível do de 2000, após mais uma década em que as entradas provenientes de Portugal se situaram sempre abaixo dos dez mil.» (Jornal Público, 26.05.2013) Com mais de 2 milhões de pensionistas com reformas abaixo dos 600 euros, o cenário português evidencia-se periclitante. Retomando a imagem da “Jangada de Pedra” de Saramago, até que ponto a Península Ibérica consegue manter-se no contexto europeu e na moeda única? Claro que a Alemanha, com dinheiro a custo zero, nada se importa de colocar um Banco de Fomento ou Investimento a emprestar dinheiro às empresas portuguesas, quando o Estado tem de pagar mais de 5% por dinheiro emprestado, e estas empresas a 7%.. Já que a Europa não funciona como um todo, mas cada um tem de tratar da sua “vidinha”, a equação da “Jangada de Pedra” coloca-se como problema a equacionar. Se o Brasil detém nada menos de 400 mil milhões de dólares de reservas cambiais e a relação com os países latino-americanos, e também africanos, conta com o bom relacionamento da Península Ibérica, até que ponto que se justifica a inserção numa Europa espartilhada por interesses financeiros em que cada país se desenrasque como pode? Se, porventura, a expansão germânica se encontra delineada em mercados determinados, se a voz dos políticos do Sul da Europa se encontra adormecida, quais são as alternativas à nossa “Jangada de Pedra”? Se não temos encomendas de 100 Airbus por parte dos chineses, nem a sua tecnologia, nem outras, que armas e instrumentos nos restam para nos afirmarmos no mundo? Cada vez mais a famosa “Jangada de Pedra” ecoa no mundo da globalização, não como imagem, mas como realidade que os economistas e políticos, cada vez mais, devem dar atenção.

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