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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Episódios da Raia. 30 - Longe da macro economia


Os cidadãos portugueses vivem atónitos com a “macro-economia”.
A grande economia é para os “experts” que a conduzem e que deviam zelar pelo seu bom caminho, ilustrando os infortunados desta ciência, (embora não exacta e de cariz humana), nos seus modelos mais exequíveis.
Alguns responsáveis da “Troika” esforçam-se por conhecer a história económica deste país, as suas divergências e falhas industriais, no progresso natural de um povo, segundo relata a Revista do Expresso.
"Esta aldeia podia ter um unidade fabril, mas isso implicava uma mudança pastoral". O analfabetismo associado ao poder  originou um desenvolvimento industrial longe dos padrões europeus.
(Num colóquio paroquial, uma famoso líder de um partido político sabia muito bem que tal negócio gerava dinheiro na sua implementação, mas nada fez pela sua realização. Hoje, certamente teria dinheiro para gerir o seu partido e tinha dado um exemplo concreto da emancipação da economia em relação ao Estado, que tanto se critica!...)
A máquina do Estado tem servido para alimentar uma clientela que se apoderou desta “vaca mangedoura”, sugando-lhe o seu tutano. Por isso, se diz têm-nos faltado “homens de Estado”, possíveis líderes de uma condução política, por cima do espartilho das pequenas ambições partidárias.
A noção mais liberal da sociedade civil criou esta imagem de oposição ao Estado, como reino da ineficiência e da sua intervenção. Por isso, toda a acção que limita a noção da liberdade individual tem de ser afastada. Mas, cada vez mais, o papel do Estado tenta limitar este espaço de emancipação individual.
Aliás, cada vez é mais premente, esta ideia de “Estado-Providência”, em lugar do Deus da Idade Média.
O contributo dos cidadãos em relação ao Estado, cada vez mais dependente da sua função, tem de ter uma correlação de exigência e clareza em relação ao seu papel, não só nas instituições políticas, como também nos seus homens políticos. 

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