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quarta-feira, 11 de julho de 2012

1943



1943 - Recordar o “nada existencial” (“porque ainda não existia”) faz-me lembrar Jean Paul Sartre, e  o seu “existencialismo é um humanismo”, nas atrozes lides económicas e políticas.
Se juntar a isto Karl Marx que dizia que o “homem é um ser económico” reencontro-me na tropelia política da crítica de Kierkegaard, acrescentando “que me interessa conhecer o sistema se me perco nele”. Portanto, falar de existência, parece um “conceito crítico” em plena crise, tal é a turbulência  da sua essência.
Embora a maioria dos portugueses andem perdidos no turbilhão das lutas financeiras e económicas, (na qual me incluo), olhando simplesmente para o seu umbigo, já que a vida concreta dispensa as mais belas teorias, não haja dúvida que a data em causa assinala um marco nas exportações portuguesas.
Um dia, a admiração de uma francesa pela compra de produtos de beleza pelos portugueses contrastava com a imagem deprimente que certa "xenofobia" gostava de exibir e lamentar ao negro destino do fado e da existência.
Todavia, a imagem positiva das exportações portuguesas carece de um “orgulho e exibicionismo” que certos povos fornecem a si próprios.
Certamente que os franceses enobrecem as suas conquistas tecnológicas e produções agrícolas. O "glamour "dos perfumes franceses devia despertar um estímulo que carece na ousadia de um certo “panache” luso para engrandecimento da auto estima dos portugueses.
“Consuma produtos portugueses”, de forma que muitos anos sejam mais que 1943.


P.S. Com uma poupança de 117% do PIB, valor mais alta depois de 2000, aguenta-se uma inflação de 2,7%.

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