Há quem defenda que a riqueza de Angola advém da sua bacia hidrográfica, contrariamente aos recentes lucros da exploração do petróleo.
Parece que a riqueza petrolífera do Qatar está assegurada por 40 anos do seu futuro, de forma que os seus habitantes com um o PIB “per capite” de 88.000 dólares continuarão a beneficiar os seus 800 mil habitantes, já que 1,5 milhões de estrangeiros gravitam à roda dos beneficiários autóctones, sem os direitos sociais que bafejam os autênticos cidadãos do Qatar.
Ainda que Angola não atinja os 10% do PIB por habitante do Qatar, as suas riquezas atingem, certamente, dez mais os 40 anos das estimativas deste país do deserto.
Além disso, os seus ideias certamente não passam por uma divisão de classes ao estilo da Antiga Grécia, entre senhores e escravos, que a realidade do Qatar parece demonstrar.
Independentemente das analogias entre Angola e o Qatar , cujo referente só podia ser Cabinda, o farol que guindou as “Primaveras árabes” no panorama da comunicação foi a cadeia de televisão “Al Jazera”, como símbolo da “liberdade de informação”.
A realização do Programa da RTP 1 – “Prós e Contra”, é sinal de intercâmbio que, embora modelado pelas cadeias televisas estatais, pode constituir um prenúncio da tal desejada “liberdade de informação” para o espaço da lusofonia.
Apesar dos constrangimentos informativos da realidade angolana, a sua posição geográfica no mundo da língua portuguesa centraliza-se, geograficamente, como um futuro pólo de desenvolvimento do mundo informativo.
A descentralização do mundo ocidental, cada vez mais, passa pelo papel dos países emergentes, aos quais Angola não pode ficar alheia.
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