A periferia europeia, sempre dominada pela “ideologia católica”, parece ficar, eternamente, dominada pela “ideologia protestante”, sobretudo alemã, já que se preocupa mais com os “voos celestiais” do que com as “realidades mundanas”; para não esquecer a tese de Max Weber de que um fenómeno nunca pode ser explicado por uma única variável, em sociologia, mas que em teoria económica parece reverter em seu favor.
A experiência empírica do senso comum procura demonstrar o contínuo atraso económico e mental desta periferia latina.
Historicamente, a supremacia germânica, quer técnica, quer ideológica, desde Kant a Hegel, e, demais pensadores procura vincar que o espírito alemão e a língua germânica detém a única capacidade fundamental de suster o “ser”, ou “dasein” objectal de Heidegger, do qual provém a produtividade económica.
A experiência empírica, eivada do senso comum, demonstra que a chegada de qualquer alemão aos USA nada tem a ver com o complexo europeu de dependência face ao seu poder económico, político e militar; embora os franceses mantenham a elegância nuclear.
A periferia alegre e tonitruante que enriquece a supremacia alemã, sistematicamente, continua refém dos seus empréstimos e dádivas, já que não consegue emancipar-se e libertar das garras do seu senhor, evocando a dialéctica do senhor e do escravo, no tratamento do objecto, do velho Hegel.
A experiência empírica, protagonizada no mais alto senso comum, lamenta-se na sobrecarga de impostos em caridade católica que escapam ao espirito protestante alemão.
A periferia, amiga do sol e da praia, distrai-se nas suas areias atlânticas, esquecendo-se que o espaço de conquista territorial corre noutras direcções, e, que a “ideologia protestante e rica não está para sustentar povos indolentes e marginais, cujas ambições não correspondem ao espírito alemão.
A experiência empírica e humana demonstra continuamente o atraso económico e mental que se situa para lá dos Pirinéus.
A periferia mantém-se numa lenta escravidão face aos enlaces do senhor no espaço e no tempo, já que a propriedade é sinónimo de poder e moeda.
A experiência empírica que amordaça os latinos, serão sempre latinos, "pobres e incultos", incapazes de ombrear com as forças telúricas que o vulcão alemão projecta na cena mundial, e, que o tempo e espaço jogam a seu favor.
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