Em terras de embaixadores, Paulo Portas entrou mudo e saiu calado.
O descontentamento popular de terras vizinhas esmoreceu o “aprendiz de feiticeiro”, já como dizia um famoso contrabandista para aprender as artes deste ofício “bem preciso são dois anos”. (Paradoxo) E, logo as palavras fugiram para Espanha. “Por que no te calas?!...”, relembrando a admoestação de um rei a um príncipe iniciante.
Nesta iniciação de negócios estrangeiros, Paulo Portas começou pela chamada “terceira via diplomática” porque altos voos se levantam, e dele se espera algo de grandioso num país pequeno.
Talvez me advirta que o “silêncio é de oiro”, e que me cale.
Claro que após a “visita de negócios” e a acreditação do antigo embaixador, assaz paladino da liberdade, nada mais que mostrar ao país que algo mexe, e que “quem não aparece na televisão não é ninguém”. Mas, também há quem esteja “farto deles”.
Todavia, quem se sente enfeitiçado pelos jardins da OCDE, pelas moitas do antigo Palácio (“onde se escondem furtivos atiradores”), pelos “Silvas” e bancos de cooperação, pelos ardis e conluios da bela diplomacia, que sabem muito bem distinguir entre a “porta da frente” e a “porta do cavalo” não se pode ficar insensível aos encantos da sereia de Tripoli.
As sereias são o encanto da Dinamarca e seus pensadores, e, são, por vezes o destino de muitos portugueses que se deixam encantar pelo mar.
Desde segunda-feira que Sarkozy tem embaixador na Líbia e promete mais (embaixadores). “Para bom entendedor, meia palavra basta.”
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