É bom relembrar que a África do Sul ficou deslumbrada com Kadafi e as suas “amazonas”.
E, é bom saber que o seu Presidente Zuma ensaiou uma espécie de “quarta via diplomática”, arriscando-se a ficar no plano do Canadá.
Exemplo simples é que uma nota de cem dólares canadianos não se destroca na África do Sul.
De costas voltadas para Angola e Moçambique, os sul-africanos continuam a olharmos no velho prisma inglês, não só aos angolanos e moçambicanos, como também aos portugueses.
Desconhecem certos dirigentes políticos sul-africanos que Portugal teve “autênticos leões” a vociferar, na selva africana, contra o apartheid. Se um dia, por preciso, evocarei os seus nomes.
Queiram ou não queiram a África teve um Kadafi, como Portugal teve um Salazar.
Mas se os “jeeps” custavam 2.50 escudos aos portugueses, após a independência desses países Portugal virou a página, e surgiu com a voz de “leões”, e não sei se estão vivos ou mortos.
Não sei se o ANC deve mais a Kadafi, ou, aos portugueses: na imagem talvez, na realidade, não.
Os portugueses não devem ter complexos de assumir aquilo que humildemente fazem. Por vezes, falta-nos uma voz audaciosa na cena internacional
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