Após dois meses do incidente de Paris, com o chefe de protocolo de Kadafi, anunciava-se que algo de novo aconteceria na Líbia, ora, precisamente em 15 de Fevereiro, começam as manifestações na Líbia.
A cumplicidade da França neste assunto torna-se definitivamente quando, precisamente, hoje, o seu presidente anuncia que Kadafi “deve partir”. Para onde?
Pelas 19h55, segundo relata o jornal francês Figaro, o embaixador da Líbia em Portugal, Ali Ibrahim-Emdored, pede a demissão e anuncia um regime «fascista, tirânico e injusto».
Nunca faltaram os avisos e pré-avisos sobre a eficiência de um regime, no seu contexto internacional, e na lógica do consenso dos pequenos estados.
Não é só a problemática do seu líder que está em jogo. É sobretudo o "clan Kadafi" que gere e domina as riquezas do país.
A falta de modernização de um estado, sem sindicatos, sem sociedade civil, sem uma nova geração de liderança deixa à deriva um povo, que apesar das suas riquezas, se tornará u,m alvo fácil de certas garras de infindos interesses geo-estratégicos.
À “jihad” suiça, à conversão da Europa pelo islamismo, assistimos à derrocada de um regime conduzido por um “guru” que uma hábil seita maneja nos seus interesses.
Por isso, face à teimosia de um “mártir”, relembrando o célebre ataque dos americanos, na sua imagem e apresentação televisiva, impõe-se que se abram corredores humanitários, não só nas fronteiras, como também no terreno da Líbia.
Cabe aos líbios a decisão do seu futuro, mas a humanidade impõe-se em situações de calamidade.
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