O funcionário do aeroporto perguntou “se tinha Kwanzas”, e, rapidamente as últimas notas angolanas voaram de” mão para mão”, sem sinal da sua existência.
A “lei da gasosa” é um instrumento de eficácia na distribuição de projectos que atravessa de “mãos em mãos” os empreiteiros e os seus distribuidores oficiais de benesses governamentais.
O desvio de “contas” de certas instituições estatais ou empresariais fazem, por vezes, rodopiar as instâncias policiais, tanto angolanas como portuguesas.
A “exibição fraudulenta” de certas instâncias militares demonstra-se na aquisição de “belas viaturas” que, por vezes, se perdem pelos matagais angolanos, para não se constituírem em quintas portuguesas.
E que dizer das famosas e portentosas empresas petrolíferas, quer nacioanis ou estrangeiras, autênticos “monopólios estatais” que debitam milhões de dólares de jactância financeira e empresarial!...
Quem tem a oportunidade de dialogar com africanos reconhece nas suas vozes o seu desespero que “África está cheia de ditadores”. Por pura coincidência, encontramos em “Angola Acontece”, a possibilidade de uma grande manifestação, marcada para 7 de Março”.
As convulsões sociais e políticas no Norte de África parecem caminhar lentamente para outros pontos da sua latitude. “Após o Cairo...”.
O Jornal Expresso, habilmente publica um artigo de origem estrangeira sobre Angola, em 19.0211, procurando não despertar a susceptibilidade da sensibilidade angolana de sobeja tradição diplomática.
Que dizer do nosso relacionamento social, político e diplomático?....
O diálogo entre países, apesar da autonomia da suas soberanias, deve perpassar também por conteúdos de “ilustração” que confirmem e demarquem um selo e apanágio da sua humanização.
O esforço estatal angolano, apesar de todas as suas virtudes, deve caminhar por esforços de integração do grosso da sua população que pouco beneficia com as suas riquezas.
Com os meios informáticos existentes, com os belos exemplos advindos do Brasil, urge que uma redistribuição social seja mais conseguida, junto das populações mais carenciadas, para que “a maioria dos benefícios desta alta conjectura não seja desfrutada somente por uma pequena elite que vive numa versão africana de St. Tropez”.
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