Crossroads of Ten
Andrea Canino, presidente do «Mediteranean Business Council», ou, melhor dizendo, «EcoMed», num artigo intitulado «O Mediterrâneo em estado de desunião”, publicado, no jornal Expresso de 18-06-10, termina o artigo da seguinte forma: “Portugal com o prestígio pessoal de que goza o ministro Amado na região, tem um papel para evitar o pior”.
Salientámos, no cerne do artigo, o seguinte: “ao alavancar recursos complementares do Sul – mão-de-obra, energia, matérias primas – e do Norte – competências de gestão, competências técnicas, tecnologias avançadas – a Europa poderia adicionar um ponto precioso na sua taxa de crescimento anual”.
Ora, a balança comercial entre Portugal e Líbia é desfavorável para Portugal. Em 2009 importou 332,2 milhões de euros, e vendeu 35,4 milhões de euros; todavia, um valor baixo, mas que representa um crescimento enorme, pois que, em 2007, as exportações nacionais não ultrapassavam os 500 mil euros.
Quer dizer, que a “embaixada de segunda”, criada na Líbia deu alguns magros frutos, já que a diferença se mantém de 1 para 10, apesar do "prestigio do senhor Amado".
É evidente, que não se espera numa confederação do tipo de Repúblicas Árabes, aliás, não está nas nossas tradições, como aconteceu, em 1972, já que a Líbia e o Egipto se uniram, para logo se dissolverem em 1979; ou, como em 1984, a Líbia e o Marrocos tentaram uma união formal, extinta em 1986. Prolongá-la até Portugal seria um feito de mau gosto, e, para isso já chega a Madeira!...
Contra o colonialismo, ou, por algumas razões de xenofobia, os italianos que em 1940 constituíam uma comunidade de 120.000 residentes, ou seja, 13% do total da população da Líbia, na época, sofreram uma redução para 22.530, em 2004, e, actualmente são algumas dezenas na indústria petrolífera.
Aliás, a representatividade da missão diplomática reduz-se a doze pessoas, e, torna-se difícil competir na construção de 450.000 habitações com mão-de-obra chinesa.
Todavia o prestígio não pode ficar nas palavras, tem de ser efectivo, nas acções, senão ficaremos na relação de um para dez, e, aqui não reside nenhum prestígio.
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