Os pivots de telejornais
Um certo administrador delegado da Media Capital, mais conhecida pela TVI, declarava que “todos os dias se mudam pivots de telejornais.”
Este enunciado contradiz as mais elementares regras do jornalismo.
Numa breve sinopse, normalmente existem quatro tipo de jornalistas:
1 - O jornalista/jornalista :"tout court"
2 - O jornalista especialista em qualquer assunto, ou, “speaker”.
3 - O jornalista divulgador, ou, “entertrainer”
4 - O jornalista institucional – conquistado pela estrutura empresarial.
Comecemos pelo último exemplo, que tem sido exemplar !...
Há uns anos atrás, um célebre jornalista, com funções institucionais, inclusive nos USA, demonstrava grande dificuldade em clarificar a diferença entre uma televisão pública e privada.
No caso número três, podemos facilmente representar “Júlio Isidro”, como caso exemplar.
No caso dois, existem alguns exemplos desta função, mas certamente a sociedade civil ficaria mais esclarecida se existissem muitos mais. Aliás, são poucos.
No primeiro caso, encontra-se a maioria dos jornalistas em Portugal, onde se encaixam os famosos “pivots”.
Em política, dir-me-ão tem mais impacto uma voz feminina ou masculina ?!...
Muda-se de pivot todos os dias?
Não. Existem várias razões para tal facto, mas a credibilidade de um jornalista demora tempo, junto do seu público. Quer dizer, o público identifica-se com o jornalista. Mudar “todos os dias” é desacreditar uma estação de televisão.
Todavia existe uma série de conteúdos que deveriam ser ensinados nas Escolas de Jornalismo, tais como: ética profissional (deontologia jornalística), os vários direitos de informação e história do direito de informação, sociologia da informação, economia da informação e as várias técnicas jornalísticas, segundo os meios de informação. Ou seja, sem os pilares fundamentais da informação não podemos esperar um bom jornalismo.
Portanto confundir um “pivot” com qualquer incógnito “speaker” é deixar por mãos alheias o marfim.
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