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domingo, 28 de fevereiro de 2010

A "JIHAD" DE AL GADHAFI

A jihad do Príncipe Muammar Al Gadhafi

Quem lida, um pouco, com o mundo árabe apercebe-se que os árabes, em questões de política, “fervem em pouca água”, contrariamente a alguns líderes da alta política que “fervem a todo o vapor”: caso paradigmático do Príncipe.
A “jihad” do Príncipe é um admirável teste à capacidade negociadora da U.E., que, até ao momento presente, não revelou o seu rosto.
Tal como o número árabe foi importante para a ciência e para a matemática europeia, da mesma forma os árabes percebem que o petróleo representa tal eficiência para a economia e a política.
A mundividência europeia reproduz uma certa cegueira que faz lembrar o declínio do mundo romano, onde unicamente começa a despertar pela força da era viking. Ou seja, vive numa letargia digna desses tempos remotos.
Porventura, conseguiu encontrar um rumo para a sua política externa.?
A “Jihad” do Príncipe vem provar que ainda não.
O Famoso “Trado de Lisboa” , ainda, não concedeu poderes suficientes para uma efectiva dinâmica à sua política estrangeira, nem o seu representante esboça qualquer gesto digno dessa actuação. São detidos e presos cidadãos europeus, à mercê de dirigentes árabes: “posteriormente dialogaremos”!
Além disso, não surgem estratégias adequadas para essa política estrangeira.
Queixam-se os americanos no seu relacionamento, interrogam-se os sul-americanos no seu funcionamento, ficando à deriva outros pólos do globo.
A política externa chinesa funciona numa base puramente económica; a política americana numa imposição forçada dos valores democráticos. E, que dizer da política europeia?.
O diálogo com o mundo árabe não é fácil, quando a religião se mistura com a política e a política com a religião.
O famoso jornalista americano Hitchens advogava que a invasão do Iraque valia a pena pelo factor da secularização.
Nas suas invasões, os árabes sempre demonstraram saber lidar com o factor “religião” na Europa. Aconteceu com a invasão da Grécia, e, souberam utilizar os seus “peões” na Península Ibérica, demonstrando uma civilização superior.
Todavia esta sábia utilização árabe do factor da religião não condiz com o apelo à “jihad” do Príncipe. Aliás, um principie preocupado com a “salvação das almas” remete-nos para início do século XVIII.
Portanto urge um diálogo de clarificação demonstrativa daquilo que ambas partes pretendem. Todavia, não podemos ficar insensíveis à detenção de simples cidadãos que se encontram presos nesta malha de redes pouco esclarecidas.

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