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quinta-feira, 25 de março de 2010

EURO POLITIQUE.10.

A MOEDA ÚNICA: “Não há bela, sem senão...”





A divergência entre a “sociedade civil europeia” e a “classe dirigente, dita europeia” começa a desenhar contornos imprevistos , mas anteriormente já imersos.

Por um lado, temos a dupla “classe política” (governos e U.E.); por outro lado, a sociedade civil (classe média e pensante), e, finalmente a classe trabalhadora, com todos os excluídos da sociedade...

A chamada Europa Federal está bastante longe do seu projecto, se por acaso existe alguma ideia consistente para tal facto.

A “moeda única” começa a ser testada na sua consistência no sistema do mercado e da economia internacional - “Não há bela, sem senão!...”

O projecto económico e o seu alicerce não caminharam conjuntamente com o processo social e político, e na política, o tempo é marca da sua história..

Além dos governos dependentes do apoio social, outros dirigentes europeus confrontam-se com os vários nacionalismos próprios dos países mais fortes: 63% dos alemães não suportam as ajudas à Grécia. . Os países mais fracos rodopiam nas engrenagens do sistema europeu e mundial, sofrendo reveses inconformáveis, ao sabor do contexto internacional..

O funcionamento da economia mundial escapa à compreensão dos mais informados cidadãos, embora tenham de ser vítimas do sistema de globalização.

Os sistema jurídicos de “justiça social” não conseguem acompanhar os fluxos monetários e económicos. E, num mercado sem regras, os imperativos sociais e éticos afundam-se na panaceia de interesses daqueles que impõem as suas regras. Nesta confusão emergem “agências de rating” , cujo poder e capital desponta como uma natureza espontânea.

O modelo social, económico e político europeu, se podemos falar assim, ainda não saiu da gaveta, quando o Norte de África, a América do Sul, e, outros batem à porta. O conforto económico europeu está minado nos seus alicerces, por outros continentes que não esmorecem nos seus interesses.

"E vós europeus?" - questionava um americano.
Portanto: “não há bela, sem senão...”

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