Sói, dizer-se, que 1500 altos funcionários dirigem a "Portuguese Administration", cujo número essencial deve ser bem reduzido, (entre 100 a 500), e cuja extensão deve atingir os 3000 a 4 000.
Como em todas as instituições existem bons e menos bons funcionários.
Todavia não faz parte da tradição portuguesa esgrimir pessoas altamente qualificadas e de renovável valor e determinação.
E, desconheço qualquer instituição de formação de administração pública, de forma que a arte e o engenho predomina face à qualidade.
A dita nomeação política predomina nas mais variadas instâncias, de forma que nas mudanças partidárias balanceiam cargos e títulos de forma esplendorosa.
O cidadão comum nem se apercebe desta elaborada competência nas altas esferas do poder político e institucional. Por vezes, talvez seja vítima de alguns detentores destes poderes.
Aliás, um valor comum acrescenta-se a esta mobilidade: a digna ascensão social.
No entanto, uma vez colocados em determinados quadros exibem peremptoriamente as rédeas do seu poder, sem a obrigatoriedade de cumprir as regras do funcionalismo público.
Porventura, um cidadão qualquer permanece sem resposta de uma instituição estrangeira?
Qualquer tipo de explicitação ou informação reverte-se em comunicados de subalternos, já que o cargo não pode ser minado por pessoas alheias ao serviço.
Acresce-se que a complexidade de certos problemas não está ao alcance de subalternos. E, como os subalternos desconhecem verdadeiramente os problemas limitam-se a copiar informação estrangeira que, por vezes, já se encontra inquinada, ou, possivelmente deturpada.
A dita elite da "Portuguese Administration" deve demonstrar reais potencialidades do seu valor. Certamente que alguns não se furtam a estes cargos bem remunerados. Todavia não deve ser, somente, a remuneração, o único critério da sua atribuição.
Os interesses dos portugueses devem ser bem defendidos pelas pessoas mais competentes, sob pena de pagarmos uma factura, bem dura, ao longo da nossa vida.
Há quem clame pela educação dos portugueses. Todavia a sociedade civil dispõe de uma massa crítica suficiente para enfrentar estes problemas.
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