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sábado, 22 de fevereiro de 2020

EUROPOLITIQUE: Estamos órfãos com a morte do Pai da Geringonça

Morreu o “Pai da geringonça” e o “Pai” dizia que não era o pai, era filho. Por sua vez, o "Filho" dizia, que o pai era o autor e criador da geringonça. Assim, o "Filho" anunciava e demonstrava que o “meio é a mensagem” e a mensagem não tem mais valor do que o “meio”. (Paulo Portas na Assembleia da República anunciava McLuhan através de Vasco Pulido Valente).

Valente era Vasco nas suas mensagens críticas, habilmente escritas e pensadas, que zurzia com subtil acutilância, contra este pequeno porta-aviões, que quase três vezes naufragou nas costas atlânticas.

Desde, o célebre pântano de Guterres, que por ironia do destino ascendeu ao supremo cargo da ONU, que a ousadia dos portugueses não atingiu a internacionalização das suas empresas, e optou pela sua decadência, sem nunca conseguir qualquer apogeu.

A crise de 2008 é a mais sintomática machadada nos ideais e interesses dos jovens portugueses. Qualquer idealista dos tempos de Abril, apesar de algumas melhorias, fica com o sabor amargo de que fracassamos coletivamente.


Já que não fomos bafejados pela ciência nem pela matemática, mas somente ilustrados pela poesia, oxalá os pequenos louros reluzem na cabeça daqueles que poderão fazer qualquer coisa pelo pequeno porta-aviões que conduz os portugueses, com ou sem geringonça.

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