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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

EUROPOLITIQUE: Releitura, expansão e simbologia de "sua anta"


“Sua anta” era dito com grande menosprezo pelo erudito que não percebendo grande coisa de arqueologia, menires ou antiguidade evocava tal termo, como sinónimo, de pouca ou nenhuma sabedoria. “Calhau” teria um sentido de aproximação para tal lexiologia, em que a falta ou dureza de neurónios não transmite a circulação devida na sua necessária vitalidade comunicativa. Mas, ainda uma palavra também se inseria noutra parte de um léxico aproximativo, com e através da evocação de “toupeira”. “Sua anta e toupeira” juntavam-se numa harmonia de arremesso contra os incautos, infelizes e pouco dotados de alguma inteligência. Claro que “toupeira” surgia como animal mais hábil na rapina de raízes que sustinha um qualquer sulco de alguma esperteza. Se não tinha a dureza de “anta”, tinha a habilidade sensitiva de toupeira. Portanto, qualquer destas palavras emergiam como sinal de repúdio ou falta de clarividência para o arguto orador que habilmente manipulava ou imprimia as suas palavras através de um adequado sentido pejorativo: “sua anta”, “sua toupeira”.  


Os pasquins circulavam clandestinamente com denúncias de escândalos locais que não davam qualquer importância à eminência erudita de “anta” ou “toupeira”. Denunciavam furtivos amores que tinham de ser pagos com licores. A sua forma e estrutura poética reacendeu-se em terras brasileiras. E, as telenovelas, do outro lado do Atlântico, evocam saudosamente a palavra “anta”.

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