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sábado, 1 de dezembro de 2018

EUROPOLITIQUE: Estados de Alma

Naquela ilha
um guerreiro, um marinheiro
escutava o canto das águas do rio
e, nada me dizia.

O silêncio comia as palavras!...
A amizade abafava no tumulto da multidão
cada um lutava na sua solidão.

Não era cotovia
nem ave insana da política
era o canto da revolta inocente
que tangia muita gente.

Era um grito silencioso
que ao silêncio pedia tempo
Como o desobrochar de uma rosa
que de espinhos agora rasgava
as mãos e o coração, sem dó, nem perdão.

Perdia-se a família, o lar, o chão
porque da água se erguia o corrimão
num salto internacional.


Pântano perdido na noite
somente o rio permitia
ver o fugaz dia desta carestia
que da dor e do sofrimento
se faz cada dia.

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