Se, em 1975, Angola somente produzia 173 mil barris de petróleo, hoje em dia, multiplicou por 10 a sua produtividade. Deste modo, 97% das suas exportações são efectuadas pelo rendimento deste produto, embora importe os seus derivados, por causa da refinaria de Luanda e falta da mesma no Lobito.
O restante sector das exportações angolanas queda-se entre os 2,6 a 3% dos seus activos. Os tímidos passos da exportação da banana de Benguela associam-se aos produtos de rochas ornamentas, diamantes, madeiras, peixe, ferro, e, café. Com zonas riquíssimas para agricultura, os produtos escasseiam, quer para consumo interno, quer para o sector de exportações.
Estes 3% reflectem uma realidade confrangedora dentro da realidade social, cujo reflexo para um País, (tão rico, por natureza), denota a espiral em que estão os angolanos, quando o petróleo diminui no seu valor.
Mas, vejamos o sector da habitação:
As novas casas construídas obedecem ao seguinte esquema:
Distribuição
50% - função pública
20% - empresas
30% - público
20% - empresas
30% - público
Preços:
-arrendamento
- venda resolúvel
-pronto pagamento?....
As casas estão:
(na renda, em que 20% está destinado ao arrendamento, neste caso, um T3 custa 58 dólares, por mês, uma vivenda geminada, 77 dólares; e, uma vivenda isolada, 87 dólares). Este é o sistema mais simples, mais fácil, mas que implica direitos à sua concessão.
A venda resolúvel implica para um T3, uma entrada de 43.450 dólares e um pagamento mensal de 183,3 dólares, de 20 a 30 anos, para as vivendas geminadas de 48.228 dólares e 217 dólares mensais e vivendas isoladas, uma entrada de 53.052 dólares, por 237 dólares mensais. (A venda resolúvel torna-se num bom negócio para o estado Angolano)
E, pronto pagamento?
Segundo cálculos aproximativos seria para uma vivenda na ordem dos 132.632 dólares. Se, no Kilamba, os preços oficiais variam entre os 100.000 e 200.000 dólares, quer dizer, que adquirir casa própria em Angola é um verdadeiro problema para a dita classe média.
Conclusão: com menos de 100.000 dólares é quase impossível adquirir uma habitação, para a dita classe média angolana.
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