"Que me interessa conhecer todo o sistema se não me encontro lá", dizia Soren Kierkegaard acerca do sistema filosófico de Hegel. A mesma questão se coloca àquela catalã que em terras do tio Sam deambulava nas profundezas do pensamento do filósofo dinamarquês.
Como apaixonado dos vikings estou bem longe da realidade da Catalunha, do sistema político de Hegel, ou, do existencialismo religioso de Kierkegaard, mas unido nesta problemática de "nuestros hermanos", que também nos afecta, quer economicamente, quer socialmente.
Parece que o sufrágio europeu, a nível dos seus líderes, e a opinião dos seus filiais sul-americanos olha de lado para esta pretensão independista da Catalunha.
Se a sua pujança económica corresponde somente ao seu desejo de independência, será o puro egoísmo que sobe de tom. Porventura, a Catalunha aspira a torna-se um novo Mónaco, ou, a suavidade de uma pequena Andorra?
As profundezas do seu "Volksgeist" imprimem um tal movimento interno que faça explodir as circunstâncias externas, quer nacionais, quer internacionais?
A unidade de Espanha, um desiderato de um Caudilho testamentário, parece explodir na força democrática de quem se sente amordaçado por correntes de gerações que sempre aspiraram a uma autonomia própria. E, que espécie de autonomia?
Desde a inquisição que o sistema de autoridade em Espanha não é o mais benigno. Por isso, as reacções do poder e a revolta dos seus cidadãos irão fazer correr muita tinta nos jornais e, talvez, outra tinta, nas ruas.
Nada menos, de 300.000 funcionários estão na calha de mudanças!...
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