- Dos oitenta comentadores consagrados, por Cavaco Silva, fora, outros oitenta que deambulam na órbita dos jornais, certamente que 50% deles, insurgem-se contra a presumível independência catalã, por causa da economia, ou, da riqueza da Catalunha. Explicar, sociologicamente, um acontecimento por um único fator fere as regras desta ciência. Por acaso, causa-me inveja esta Catalunha que cresce, quase o dobro de Portugal, que tem um superavit superior à Lusitânia, e, que tem mais comboios, aviões e barcos que Lisboa. Esta minha inveja, não sei se é partilhada por alguns alemães, que não olham com bons olhos a partilha de fundos para um País que exibe a mais densa ferrovia de alta velocidade.
- A Catalunha representa 19% do P.I.B. de Espanha. Em 2016, superava Madrid em, nada menos, 1.103 milhões de euros. Se certas vozes dizem que o “Porto trabalha e Lisboa diverte-se”, este slogan parece fazer mossa aos catalães. Enquanto que a Catalunha atinge os 211.915 milhões de euros, a sua capital – Madrid – queda-se nos 210.812 milhões de euros, que não correspondem a um terço de “Île de France”, ou seja, Paris e arredores.
- Embora o argumento económico seja plausível, outros fatores se associam a esta possível reivindicação catalã.
- Todavia, a Catalunha não é uma ilha, dentro do contexto espanhol e europeu. E, as várias correlações de forças económicas, jurídicas e sociais da Europa não parecem alimentar estas veleidades de que a região da Catalunha é um novo Mónaco, disposto a exibir os seus troféus.
- Embora, a cidadania europeia seja quase um mito, a nível individual, aliás, muito longe da identificação americana, a teia de laços que unem esta Europa não se reduz as simples aspirações. Se é uma simples “emoção”, como diz Damásio, está muito longe de um "sentimento", de uma consciência e intelecto, que trespassa a própria identidade europeia. Ainda que digam que isto é um problema da Catalunha, sobre o qual não se deve opinar, a música de Lluis Lach advém de Paris, que embora, talvez seja seu partidário, está a um terço de repercussão sonora de quem escuta a sua música.
- A física quântica caminha por caminhos que ultrapassam a economia e se elevam ao campo musical, ainda que a música tenha a sua matemática,e, Luís Lach a sua Laura.
- A pauta musical europeia, ainda que não demonstre uma "clave", tem as suas notas em escada, em que cada tom desenvolve a sua voz, mais alta ou mais baixa, e, em que os "ruídos" de fundo não fazem parte da sua música, embora os silêncios façam parte da sua constituição. O fado ou destino geme na sua tonalidade, enquanto a valsa se dança nas suas valquírias.
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quinta-feira, 9 de novembro de 2017
EUROPOLITIQUE: "A inveja de Lisboa de não ser Barcelona"
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