Percorria-se a A8, a dita auto estrada do Oeste, em direcção a Aveiro, bordejante de um verde encantador, que alguém exaltava na sua natureza.
A natureza do verde pino casava-se com o eucaliptal, cuja riqueza engrandece as fábricas de celulose.
Mas, nestes dias, de 43 graus na zona de Lisboa, o despontar da verdura que irradia sobre a auto-estrada recomenda que a "poda" atempada dos eucaliptos seja uma. necessidade urgente. Se a resina é estofa, o eucalipto é chama que ateia o fogo. O corte atempado, as demarcações sinalizadas, a prevenção atenta, implica que a fiscalização sobre o particular e o colectivo seja uma constante.
.Gastar 100 milhões de contos sem pedir aos particulares que estejam prevenidos e vigilantes é sinal de desleixo, incúria e desprezo por cada cidadão que é obrigado a gastar 10 euros, sem resultados evidentes.
Perdem dinheiro os particulares e perde dinheiro o Estado quando não actua no corte atempado de árvores, cujo destino é a celulose.
As câmaras municipais não devem somente virar-se para as receitas, mas também para os seus deveres como autarquias, já que o Estado não pode estar omnipresente em tudo...
Alugar, vigiar, tratar da floresta é ganhar dinheiro, a longo prazo. A indústria do lixo em Espanha rende 4.000 milhões de euros, em Portugal só pensam em subir as taxas, quando esta indústria é bastante rentável.
Rentável é a floresta. Já que não temos bananas, temos .madeira suficiente para pasta de paspel, que, por vezes, não chega para as encomendas.
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