Em viagem até Vilanculos era visíveis os tubos de
gás que despontavam da floresta. Desde os tempos do “velho regime colonial” que
certas labaredas prenunciavam a existência do gás que se volatilizava na
natureza.
Essa riqueza natural está sob a exploração dos sul
africanos. Ou seja, o “famoso gás” de Pande, e, também de Temane é explorado
pelo grupo sul africano Sasol.
Mas, os primeiros poços de petróleo que serão
explorados em Moçambique estarão dependentes da Sasol, após 14 furos com um
custo estimado em 1400 milhões de dólares. Se, o gás se encaminhava para a
indústria sul africana, os moçambicanos terão de esperar pela construção de uma
refinaria, que talvez aconteça em Nacala.
A cidade de Maputo que recebe electricidade através das
redes sul-africanas, arrisca-se, também, por um abastecimento de gás que ainda
não chega por oleoduto à sua capital.
Apesar das boas notícias do petróleo e da riqueza do
gás, Moçambique navega numa inflação da moeda que atinge os 40% de desvalorização,
e tem imensas dificuldades no sector agrícola, quando dispõe de boas terras.
A “miragem” (uma
utopia que se pode tornar realidade) do gás e do petróleo criam uma ilusão,
cuja repercussão e efectividade estão longe de animar a actual economia
moçambicana.
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