Se três moedas dominam o mundo: o dólar, a “eterna e
brilhante” nota verde, o euro “a oscilante moeda europeia”, e o emergente e
marcante “yuan” chinês.
Estas três moedas dominantes marcam três zonas de
influência sobre o comércio mundial, onde se fundamenta o poder financeiro, em
que a Europa oscila.
Mais oscilante parece caminhar a economia
portuguesa, que apesar de uma progressão na ordem dos 10% a nível do turismo,
arrasta-se lentamente na construção civil. Enquanto que em Espanha, a
construção civil galopou para um crescimento de 37%, os avanços neste sector em
Portugal situam-se somente em 3,7% (ou seja, dez vezes menos que no país
vizinho), embora obtenha um crescimento relativo de 10.000 empregos de mão de
obra portuguesa. Quer dizer que se Portugal tivesse crescido na progressão
espanhola seriam 100.000 empregos, claro que o crescimento de somente
15% nas obras particulares, e, de 29% nas obras públicas, não favoreceu este
exponencial.
Apesar de tudo são sinais positivos de uma certa
retoma de crescimento, ainda que esteja a 45% do ano de 2001.
Claro que a crise em Espanha, no sector da construção
civil foi mais violenta do que em Portugal, mas é preciso ultrapassar o mero
ciclo da reconstrução urbana, para guindar-se em novos voos públicos ou
privados.
Nesta Europa, a duas velocidades, em que a união
fiscal, os riscos partilhados, as políticas únicas e a mobilidade de pessoas e
capitais não se fundamentam num compromisso para combater a hegemonia do dólar
e do yuan, este País Periférico "caminha por sua própria conta" para encontrar as saídas da crise que o
assola. A manutenção do Estado Social que caracteriza a moeda única carece de
encontrar uma fundamentação de estabilidade entre os vários países para que não
lhe fuja um certo poder financeiro.
A “nota verde” continua a ser o sonho de qualquer
africano ou latino-americano. O “EURO” que se cuide!...
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