Deambulava-se, pelo pequeno
mercado, nos arredores de Paris, quando o “pequeno comerciante árabe” apontava
para um fruto, cujo nome em francês é “orange".
A laranja, de origem árabe,
com nome português, associada ao Algarve, e, à sua possível exportação.
“Só não se exportou mais laranja no ano passado por falta
de quantidade”, refere o representante da “Portugal Fresch”.
Apesar dos “alemães rendidos à fruta portuguesa”, as
nossas exportações, para este País, representam menos de 0,007% do seu "potencial
de compras", avaliado em 12,7 mil milhões de euros.
A enorme quantidade de carros e outros produtos, comprados
na Alemanha, contrasta com o sector de “frutas e legumes” que representam 2,5%
das nossas exportações, que inserem no universo do “sector alimentar”, com um
valor de 22,7% de exportações.
Somente, à boleia da cadeia alimentar Lidl, com camiões
vazios de Portugal para a Alemanha, conseguimos ultrapassar obstáculos
financeiros, económicos e estrururais. Mas, ainda bem, porque esta “cadeia
alimentar”, cada vez mais, factura em Portugal; e, portanto, tem obrigação de alguns
serviços económicos, sociais e políticos.
“Frutas, legumes e flores”, que têm de ultrapassar a
barreira dos Pirinéus, onde as enormes filas de camiões espanhóis são visíveis
há mais de 40 anos, tal como a
recomendação do “pequeno comerciante árabe”, representaram 39, 703 milhões de
euros (3,6% de exportações), em 2014, e, 79,345 milhões de euros, (6,5% de
exportações), em 2015, para a Alemanha.
Apesar de algum êxito, a produção estrangeira em Portugal
é enorme e visível, tal como no campo do “marketing”, a sua projecção está
dependente do "poderio estrangeiro".
Só nos resta impor, não só a palavra “orange”, que os árabes nos
concederam como “laranja”, (tipicamente portuguesa), como reclamar o “espírito árabe”
para que a dose comerciante impregne a nossa “alma lusa”. (10 de Junho, 2016).
Sem comentários:
Enviar um comentário