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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

EUROPOLITIQUE: «LUTAR CONTRA A MISÉRIA E LUTAR CONTRA O PODER"

 


Na década de 70 lutava-se contra a miséria da ignorância, contra a falta de oportunidade de escolaridade, contra o anátema dos bairros de lata, contra os criminosos que lá se escondiam por falta de oportunidades e competências, contra a condenação à pobreza instalada nos seus “ghetos”, contra a falta de oportunidades; e, sobretudo, pela  condenação e abandono do País, a que tantos foram obrigados.
Eram tempos de luta sadia que nos enchiam de ânimo, contra um poder que nos vigiava à distância, porque a nossa causa tinha méritos. Eles apareciam disfarçados, de guarda chuva na mão, senhores feitos mendigos, que ao menos reconheciam qualquer coisa de útil na nossa acção. Claro que o medo podia invadir-nos  o espírito, mas a consciência desencadeava uma força, que nos dava “alegria” na sua luta. Preenchia-nos o coração de esperança contra um poder cego, que limitava a  respiração, já que ansiávamos por mais liberdade e libertação.
Lutar contra a miséria é lutar muitas vezes contra o poder, ou, lutar contra os poderosos, cuja miséria está dentro do seu poder. O poder político, militar e económico, sinónimo de riqueza, de domínio e de força, repleto e cheio na fortaleza dos seus valores tem à sua volta uma humanidade carente, que, por vezes, não tem oportunidades de sair da sua miséria. A miséria não é só material, e dar dinheiro aos carentes, não resolve a sua carência.
A carência de valores, daqueles que não os têm, não pode ser preenchida por aqueles que os têm, sejam económicos ou culturais.
É preciso caminhar, conjuntamente, lutar contra a miséria e contra o poder.

OBS: - ONU nasceu em 1945; mas as Nações Unidas tem 71 anos em 2016; adesão de Portugal em 1955; 51 países fundadores, num total 193; tem um orçamento de 13 mil milhões de dólares e tem 14 mil funcionários; as seis línguais oficiais: árabe, chinês, espanhol, françês, inglês, russo; 25 agências especializadas (FAO, UNESCO OMS, etc...) e 13 Organismos; Principais contribuidores - USA 10,295, China 10,29%, Japão 9,68%, Alemanha 6,39%, Espanha 2,44% e Portugal 0,39%.

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